Wellington Silva

Paul McCartney, e meu sonho de criança

 

Quando em casa tocava no Motorola de mamãe a canção Help, dos Beatles, eu, ainda “garotão”, corria pro rádio pra ouvir!

“Help, a need somebody, help, not just anybody, help, you a need someone, help!” Me ajude, preciso de alguém, não é qualquer pessoa! Me ajude, você sabe que preciso de alguém! Me ajude!

O nosso Querido e lendário João Lázaro comandava o show musical na Rádio Difusora. Quando tocava Ticket to Ride, eu achava aquela batida musical simplesmente incrível:

“Acho que vou ficar triste, acho que é hoje, sim! A menina que está me deixando louco está indo embora! Ela tem um bilhete para andar, e ela não se importa…”

E o sonho não acabou!

Ele continuará pra sempre na força irradiante e contagiante da alegria e das profundas emoções que Paul McCartney e seus fãs emanaram no memorável show realizado no Estádio Mané Garrincha, quinta-feira, 30 de novembro de 2023.

Eu, já um senhor de 59 anos, e Paul McCartney, 81, cantando como nunca, altamente carismático, a nos conduzir com sua fantástica banda a uma viagem musical histórica, antológica, nostálgica, musicalmente navegando no começo do começo dos Beatles, com Love Me Do, por exemplo, até chegar aos seus eletrizantes sucessos que até hoje encantam gerações como Jet e Live and Let Died (Viver ou Morrer), canção classificada como a melhor da lendária série cinematográfica de ação e aventura 007 James Bond.

Mas, o momento que mais emocionou a todos, e particularmente a mim, foi quando Paul cantou Let it Be:

“Quando me vejo em períodos difíceis, Mãe Maria vem a mim dizendo, deixe estar, e nas minhas horas de escuridão, ela vem a mim dizendo, deixe estar…”

Enquanto cantava Hey Jude, no refrão o estádio inteiro respondia em coro!

Belíssima foi a homenagem que também fez a George Harisson, ao cantar Something, com aquela linda abertura musical no ukulele, instrumento que George muito gostava de tocar.

Belíssima também foi a homenagem feita a John Lennon!

E nós ali, amapaenses, de corpo e alma presente, eu, Aida Mendes, Renata Verzola, Selma Cruz e Maíra Cruz Bemerguy, emocionados, boquiabertos, vendo aquela lendária criatura a irradiar tanta energia através de canções que encantam e continuam a encantar gerações e gerações…

O THE END foi uma emocionante visita através de uma belíssima releitura musical do álbum ABBEY ROAD, dos Beatles.

RARE PAUL MCCARTNEY!

 

 

Ivan Amanajás: Escala de Cinza

 

“Creio que o artista nunca deve parar de produzir! Renoir, já fraco, no leito de sua morte, viu andorinhas voando no céu e gritou: Andorinhas! Andorinhas! E pediu as suas inseparáveis ferramentas de pintura para retratar a cena! Da Vinci, antes de morrer, pediu desculpas a Deus por ter ocupado boa parte de seu tempo com invenções e não ter conseguido produzir mais obras sacras. Creio que Paul McCartney não vai parar agora, porque está no sangue e na alma do artista o forte sentimento de produzir, de se expressar dentro de sua arte. Renoir, Da Vinci, Paul McCartney, todos nós, artistas, somos criaturas em constante mutação, é assim que eu vejo!”

Assim começamos um papo muito legal, altamente inspirativo, prazerosamente ouvindo Ivan Amanajás em sua residência a abordar questões e fatores históricos da arte, os grandes gênios da pintura, e a respeito de sua exposição plástica surrealista intitulada Escala de Cinza, que será realizada no Sindicato dos Estivadores, com abertura prevista à partir das 20h, neste sábado, dia 25 de novembro, ali na Odilardo Silva, número 2381, bairro do Trem. A exposição se estenderá até o dia 28 de novembro.

Particularmente, para mim atualmente Ivan Amanajás é o melhor surrealista futurista da região Norte, e quem sabe, do Brasil!

Estamos falando de um artista premiado, que já ganhou diversos prêmios, títulos, honrarias, como o Prêmio Maestro Siney Saboia de Cultura, em 2021, categoria Artes Visuais.

Quem conhece artes plásticas e pesquisa surrealismo, e já teve a oportunidade de visitar inúmeras exposições, e já observou cuidadosamente a obra de diversos artistas, no final, irá concordar comigo!

O perfeccionismo de Ivan, as formas, o minucioso estudo geométrico das formas, a anatomia, rostos, a mecânica advinda do fantástico imaginário do artista, as cores empregadas, os tons, tudo te faz adentrar ao seu mundo, e te suga, te puxa pra dentro! É um mundo assustador, não de homens, mas de máquinas, onde o artificialismo domina a cena, e por vezes te mostra portais do que foi, ou do que será…

Em alguns cenários, por ele construídos, aparecem seres inteligentes, em suas naves espaciais, observam o “errare humanum est” (este erro humano), e repentinamente surgem ou desaparecem em seus portais.

Seria ele uma ferramenta premonitória de alerta, a antevisão de futuro, através de sua fantástica arte?

Como Ivan Amanajás, dentro desta visão futurista crítica, com seu alto nível de qualidade temática e técnica, só vislumbro apenas o fantástico artista plástico inglês Roger Dean, autor das históricas capas da lendária banda britânica de rock progressivo, o Yes.

E o que Ivan Amanajás atualmente nos mostra?

Trata-se de uma perturbadora visão futurista, que já bate à porta, e sem pedir licença! É a chamada inteligência artificial a causar muita polêmica, discussão científica e política, atualmente.

Obras como Pêndulo Sobre o Abismo mostra o tempo como um abismo imaginário, criado para preencher a existência humana. Uma obra que veio a exigir do artista uma nova releitura, pintada 40 anos atrás, mas desta vez, revista e atualizada, mais atual que nunca! Basta ver, e sentir!

Cavalo doido, cavalo robô, figura o homem desalmado, aprisionado, refém da tecnologia, obra inspirada na antológica canção do genial Alceu Valença, Cavalo Doido, Cavalo de Pau.

Outra obra, Um Dia Perdido no Futuro, mostra seres robóticos, a energia quântica, perdida em uma praia qualquer, no futuro. O Homem Já Procura Novos Caminhos é uma obra inspirada em uma canção do genial Zé Ramalho. Ela mostra a “la decadense”, a decadência humana, o “bicho” homem, ancorado em seu porto de destruição, e os cavalos do apocalipse, mas, uma luz figura no fim do túnel…

A obra Etakarinai figura a engenharia humana, a mecanização, o artificialismo. São formas quadradas que contrastam com a forma universalista esférica criativa do Grande Geômetra: a Terra, os planetas, o universo…

De resto, é visitar e revisitar esta intuitiva, inspirada e fantástica exposição, observando atentamente obra a obra, formas, detalhes, as cores, mensagens ocultas, a fim de compreender a reflexiva mensagem deste grande artista amapaense.

 

 

Uma reforma humanista

 

A nova reforma tributária, amplamente discutida e aprovada no Senado Federal, apresenta características positivas e inovadoras em seu texto:

Ela apresenta um corpo textual mais humanista, quer alguns opositores queiram ou não enxergar!

Fato hilário absurdo:

Mesmo constitucionalmente, considerando que “todo poder emana do povo e em seu nome ele dever ser exercido, através de seus representantes eleitos”, eis que o texto do Senador Eduardo Braga (MDB-AM), que trata sobre a cesta básica e o chamado “cashback”, encontrou alguns protestos da parte de parlamentares mais interessados em situações corporativas do que com questões sociais básicas de momento.

Muito didaticamente, o Senador Randolfe Rodrigues (AP) evidenciou ponto a ponto os benefícios inovadores e revolucionários que vão beneficiar a população brasileira, com a aprovação do referido texto, texto que prevê isenção de impostos à cesta básica e a redução de 60% a cesta estendida, inclusive carnes, para famílias de baixa renda.

Lei complementar irá definir quais serão os produtos destinados à alimentação humana que farão parte da cesta básica.

A conta de luz para pessoas de baixa renda terá direito a desconto de tributos, o cashback. Ele também será obrigatório para a compra do gás de cozinha, a fim de beneficiar pessoas comprovadamente carentes.

O relatório mantém a criação do Imposto Seletivo, estabelecendo uma alíquota de 1% sobre produtos que impactem o meio ambiente e a saúde.

Como Relator da matéria o Senador Eduardo Braga estabeleceu um teto para o aumento de tributos e criou a chamada Contribuição sobre Bens e Serviços – CBS, que unifica os tributos federais, e o Imposto sobre Bens e Serviços – IBS, que unifica os tributos estaduais e municipais.

Foi um longo processo de negociação entre governo e Congresso Nacional, com a geração de uma série de mudanças propostas. No final, o Plenário do Senado Federal aprovou na quarta-feira, dia 08 de novembro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da tão debatida Reforma Tributária. Foram 53 votos a favor e 24 contra — para a aprovação. De acordo com as regras da Casa, são necessários 49 votos favoráveis.

O texto recebeu cerca de 830 emendas, durante a discussão no Senado. O relator da PEC, senador Eduardo Braga (MDB/AM), acatou parte das mudanças propostas.

Foi previsto um total de R$ 60 bilhões do fundo, gerenciado pela União, para promover a redução das desigualdades sociais e outras providências legais cabíveis.

A novidade que a nova Reforma Tributária traz, além da sua visão social, é justamente a simplificação dos tributos através da revisão total do modelo existente no país. Neste sentido, os cinco tributos, o ICMS, ISS, IPI, PIS e Cofins, serão substituídos por apenas três:

O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto Seletivo (IS).

Historicamente, diversas tentativas já foram feitas para a realização da reforma tributária, desde a era do regime militar, passando também pelos governos democraticamente eleitos.

 

 

 

Os irracionais

 

Como historiador a gente fica se perguntando porque a história da humanidade é tão carregada de sangue, dor e sofrimento, através de guerras insanas, onde a crueldade humana desconhece limites, e a piedade inexiste, através de homens totalmente desprovidos de sentimentos?

Encontrei respostas na genialidade de Jean-Jacques Rousseu, em sua magnífica obra “A Origem da Desigualdade Entre os Homens”, escrita em 1.755.

Para Rouseau, o homem é naturalmente bom, nasce bom e livre, mas sua maldade ou deterioração moral advém com a influência da sociedade que, em sua pretensa organização, impõe a servidão, a escravidão, a tirania e inúmeras leis que por vezes privilegiam uma classe dominante, em detrimento da grande maioria, instaurando assim a desigualdade. Trata-se de uma crítica feroz contra a sociedade moderna. É um grito de alerta sobre a exploração do homem pelo homem, e a degradação dos valores éticos. É uma sátira contra uma sociedade hipócrita e vazia que privilegia o ter, o dominar, o conquistar, mas que nunca soube O QUE É O SER!

Hoje, o mundo novamente relembra os horrores do holocausto, os campos de concentração nazista…

Mas, a pergunta é:

Que lições estamos tendo disso tudo, hoje, atualmente, assistindo o despejar de bombas e mais bombas sobre os palestinos, indiscriminadamente, na ânsia da Força Aérea de Israel tentar eliminar uma ou duas lideranças do Hamas?

Não seremos mais irracionais do que os animais irracionais, que devoram suas presas para sobreviver?

Em 1.989, entre os dias 09 e 10 de novembro, ocorre a queda do muro de Berlim, muro que após o final da Segunda Grande Guerra Mundial, em 1.945, passa a dividir a “findoura” Alemanha nazista em dois territórios:

A Alemanha Oriental, sob a tutela e guarda da extinta União Soviética, hoje Rússia, e a Alemanha Ocidental, sob a tutela e guarda da OTAN, a Organização do Tratado do Atlântico Norte.

Dias após a queda do muro, a lendária banda inglesa de rock progressivo, Pink Floyd, realiza histórico show naquele espaço fronteiriço, um espaço de disputas políticas e ideológicas e de execução dos que ousavam tentar sair e passar do lado Oriental para o Ocidental, em busca de liberdade.

Em novembro de 1.989, a reunificação do território alemão veio exatamente para tentar trazer paz a um povo sofrido pela guerra, marcado pelo genocídio coletivo de judeus, e pelo cerceamento das liberdades individuais e coletivas, através dos soviéticos.

O holocausto, o muro de Berlim, são lembranças que não se apagam…

São lembranças ainda muito vivas na mente e no coração de todos aqueles que viveram intensamente este tempo, e sobreviveram, para contar e testemunhar histórias, fatos, narrativas dos horrores que viram e passaram…

Que lições os irracionais senhores da guerra tiram disto tudo, hoje, carregados de ódio, desprovidos de humanidade, o natural sentimento de se apiedar com os desafortunados pela sorte?

PAZ NA TERRA AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE!

 

 

 

Quem são os incendiários?

 

Nestes últimos dias, Macapá amanhece envolta em cortinas de fumaça, por vezes densa, muito prejudicial à saúde!

São as queimadas ilegais que costumeiramente ocorrem neste período intenso de meses de muito sol, momento em que agricultores tocam fogo nos campos, perdem o controle das chamas, e acabam sempre provocando sérios danos ao meio ambiente e à comunidade em geral.

Ano passado foram registrados 2.700 mil focos de queimadas. Este ano, o total saltou para mais de 5 mil casos de incêndios!

Alguns parecem não dar a mínima para as regras simples e práticas de realização de uma queimada inteligente e controlada, porque dá trabalho, e implica em pequeno custo. E então, para estes, torna-se “mais prático e mais rápido” esta velha e absurda prática, com risco total de destruição do meio ambiente, em todo o seu redor.

Ocorre que até para o extremo da ignorância humana existe limite, e passando deste limite, torna-se abuso, absurdo, aberração, ilegalidade, provocação de danos coletivos a vida, a tudo e a todos!

A estes, sinceramente não vejo outro caminho a não ser a formulação e aplicação de penas mais duras, prisão, multa e até confisco de bens!

A intensificação dos serviços de fiscalização neste período de seca e de muito sol se faz extremamente necessário e só se consegue efetivamente realizar com sucesso tal empreitada através de considerável aumento do efetivo de recursos humanos, materiais, de equipamentos, de aeronaves, inteligência e monitoramento via satélite por exemplo.

Em entrevista à imprensa, o comandante geral do Corpo de Bombeiros do Amapá, Alexandre Veríssimo, declarou que a maioria dos focos são oriundos de queimadas ilegais.

“Muitos agricultores fazem fogo para usar o espaço para plantar. É preciso que fique claro que essa não é a única forma de limpar o solo. Com esses focos, há prejuízos em cadeia”, enfatizou o comandante.

O município de Tartarugalzinho, distante cerca de 230 quilômetros de Macapá, lidera a lista de focos de incêndio. Somente no início deste mês de setembro já ocorreram 35 focos. O município de Amapá, distante a cerca de 306 quilômetros da capital, figura em segundo lugar.

A atividade de combate a incêndios florestais conta com a participação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Delegacia de Meio Ambiente do Amapá, Batalhão Ambiental da Polícia Militar e Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema), e se estenderão até o dia 6 de dezembro.

A pergunta que não quer calar é:

O que estamos fazendo com o planeta Terra?

A elevação de temperatura, tanto nas cidades e principalmente nos oceanos, podem provocar o surgimento de furacões, alertam cientistas.

Diversos cientistas e pesquisadores avaliam que a persistência das preocupantes ondas de calor são claros sinais de como a ação humana é capaz de aferir uma grave mudança no clima, com impactantes reflexos de ondas de calor em terra, graves incêndios florestais, derretimento incomum da neve no Himalaia e perda de gelo marinho, por exemplo.

Von Schuckmann afirma que “mesmo que os humanos parassem de emitir CO2, amanhã mesmo, os oceanos continuariam a aquecer, nos próximos anos”.

E alerta:

“Como cientista do clima, estou preocupado com o fato de termos chegado mais longe do que pensávamos!”

 

 

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A absurda lógica ilógica israelense

 

A história sempre mostra que a absurda lógica de despejar bombas e mais bombas em uma cidade para tentar atingir o inimigo causa sempre mais desgraça em vítimas civis do que a alvos militares.

Durante a Segunda Grande Guerra Mundial, e até o seu final, os nazistas tiveram muito trabalho com a resistência polonesa e francesa que repentinamente apareciam e desapareciam e executavam com precisão suas emboscadas e destruíam trens carregados de armas e munições, comboios de tanques e a morte de oficiais.

Na Polônia, a incursão da tal blitzkrieg não adiantou muito. Mesmo com o cerco e total ocupação militar nazista ao território polonês a resistência deste heroico povo continuava oportuna. Antigas instalações de esgotos, lendários túneis, tudo era usado para atingir e enfraquecer a dominação nazi. Os que lutavam pela resistência eram como fantasmas que apareciam e desapareciam, e causavam sérios estragos ao inimigo invasor!

Era preciso ter coragem, e sobretudo, conhecer o terreno para assim agir rapidamente e sair furtivamente…

Na França ocupada, não foi diferente!

A heroica resistência francesa usava florestas, túneis e esgotos para realizar suas incríveis emboscadas contra os nazistas e inesperadamente desaparecer, para desespero dos mesmos!

E, no final, nem todo o poder opressor da inteligência e da máquina de guerra nazista conseguiu debelar a atividade da resistência polonesa e francesa!

Hoje, particularmente, considero um horror e um absurdo a quantidade de bombas diariamente jogadas por Israel em Gaza para “na aventura” tentar atingir uma ou duas lideranças do Hamas, ato que já resultou na morte de milhares de inocentes, crianças e idosos.

Parece que a lógica da estratégia militar de Israel é “tentar” causar o máximo possível de danos ao inimigo e poupar a infantaria de grandes surpresas, antes da invasão por terra, tarefa que não será nada fácil!

A cidade de Gaza está em escombros, em ruínas, com corpos espalhados por todos os lugares, após os intensos bombardeios.

Como os tanques passarão em meio a tantos escombros, ruínas, desgraça e destruição espalhada por todos os lados? Com o uso de tratores e da infantaria, sob o olhar e mira de atiradores do Hamas, que bem conhecem o terreno, e aparecerão e desaparecerão em túneis, inesperadamente, em atos de emboscadas, para desespero das tropas de Israel?

Qual será o resultado final de tanta desgraça, o The Final Cut, O Ponto

Final desta guerra insana entre Israel e palestinos?

A morte de jovens soldados israelenses e de garotos cheios de ódio, desprovidos de sentimentos, recrutados pelo Hamas?

O tempo dirá, sempre a assistir este velho inferno terreno de Dante, um histórico conflito que já deveria ter sido resolvido pela ONU em 1.948, repetimos, após a criação do estado de Israel.

 

 

Quem abusou de quem?

 

Em meio a tantas situações trágicas que ultimamente estão ocorrendo no mundo, guerras, enchentes, inundações, rios secando e incêndios florestais, eis que não mais que de repente Bolsonaro e trupe aparecem com uma situação altamente hilária tragicômica:

Tentar acusar Lula de abuso de poder econômico na eleição para a presidência da República Federativa do Brasil!!!

Qualquer especialista do direito acharia muito hilário e engraçado a atitude bolsonarista, para não dizer absurda, de tentar imputar ao candidato concorrente algo que ele exageradamente praticou, usando de todas as formas, artifícios, “malabarismos”, para tentar frear o avanço de seu oponente, principalmente, no Nordeste.

E não é novidade e segredo pra ninguém o exagerado e abusivo uso da máquina institucional bolsonarista para tentar impedir a qualquer custo a vitória de Luís Inácio Lula da Silva à presidência da República.

Mas, ocorre que o Tribunal Superior Eleitoral já deliberou sobre a matéria e bateu o martelo, indeferindo o pedido da trupe bolsonarista, junto com seus argumentos pífios. O placar foi de 7 a 0!

Fica, a pergunta:

Quem abusou de quem?

De lembrar que barreiras policiais, tentativas de golpe de estado, ataques absurdos às urnas eletrônicas, tentativa de atentado à bomba em aeroporto de Brasília, atentado à sede da Polícia Federal, destruição patrimonial no Palácio da Alvorada e quebradeiras no Congresso Nacional e no prédio do STF, enfim, tudo nada mais foi do que sequências de fatos orquestrados, e com um único propósito:

Destruir moralmente as instituições, para depois orquestrar um cerco aos poderes constituídos e instalar um poder absolutista!

E então, o “mito”, reinaria supremo e absoluto, sem objeções, após toda a desgraça evolutiva da Covid-19, e muito por conta da campanha institucional da tal “imunização de rebanho”, a louca tentativa de prevalência teórica de uma aberração contra a ciência universal.

Ademais, é como historicamente dizia o grande revolucionário positivista Carlos Garibaldi:

“ Com desarrollo, venceremos!”

 

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Israel e a Palestina

 

Logo após o final da Segunda Grande Guerra Mundial, em 1.945, carrascos nazistas e fascistas são capturados e depois julgados no Tribunal de Nuremberg, por gravíssimos crimes de guerra, assim como oficiais japoneses.

 

O horror do holocausto nazista ainda estava muito vivo na memória da população mundial, principalmente na mente dos sobreviventes dos campos de concentração e na lembrança de todos aqueles que viram de perto a total degradação moral do sentimento humano.

 

Três anos depois do histórico Tribunal de Nuremberg, no dia 14 de maio de 1.948 a Organização das Nações Unidas – ONU cria o Estado de Israel após a deflagração de um forte movimento para a criação deste estado, dentro de área Palestina. E foi exatamente à partir desta data que surge um sério conflito entre palestinos árabes e judeus, estendido até hoje, com graves consequências, para ambos os lados!

 

Eis aí, senhores e senhoras, um grave erro histórico, jurídico, legal e principalmente geográfico, pois se no mesmo ano, em 1.948, a ONU também tivesse criado o estado Palestino, com certeza muita desgraça teria sido evitada. Não haveria OLP (Organização para Libertação da Palestina), Arafat e o hoje terrível e impiedoso Hamas, organização terrorista totalmente desprovida de limites e de humanidade, que não poupa ninguém, nem mesmo os palestinos, crianças e idosos!

 

Se o mundo livre possui uma grande dívida com o povo judeu, por conta das atrocidades do holocausto, também tem uma dívida histórica com o povo palestino, pois atualmente eles não possuem um Estado nacional e de muito não tem seus territórios delimitados.

 

Houvesse a ONU, em 1.948, criado os dois estados, o de Israel e o da Palestina, com delimitação justa de áreas, e instalado uma base naval, base aérea e um bom quartel militar com tanques e peças suficientes de artilharia, com tropas de diversos países, com certeza, muitas tragédias teriam sido evitadas, até hoje.

 

E de lembrar que após 24 horas da proclamação de criação do estado de Israel os exércitos do Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram o recém criado território israelense e forçaram o povo judeu a resistir e a travar uma guerra que historicamente ficou conhecida como a Guerra de Independência de Israel.

 

Em 1.967, ocorre a Guerra dos Seis Dias, onde Israel conquista vitória após novamente se ver envolta em conflito bélico direto com o Egito, Jordânia e Síria, todos ávidos em expulsar o povo judeu da chamada terra prometida.

 

No dia 06 de outubro de 1.973, de novo, nova tentativa de invasão em território israelense, de parte do Egito e da Síria, em ataque surpresa, com o exército egípcio cruzando o canal de Suez e o sírio penetrando as colinas de Golan. Como no passado, o povo judeu consegue virar a maré e vencer seus inimigos.

 

Em 1.982, após diversos atos terroristas praticados pela Organização para a Libertação da Palestina a operação Paz para a Galiléia consegue remover a infraestrutura organizacional e militar da OLP, e força Israel a manter até hoje uma zona de segurança em sua fronteira com o Líbano meridional, ao norte.

 

Alguns historiadores e diversos pesquisadores defendem que a chamada terra prometida é dos judeus enquanto outros afirmam que de muito os palestinos ali já estavam. Particularmente, volto a afirmar que assunto tão delicado deveria ter sido amplamente discutido e resolvido em 1.948, evitando assim tanto derramamento de sangue, principalmente, de vidas inocentes.

 

Fafá de Belém e o Círio de Nazaré

 

Ele chega adentrando o palco, contagiante como sempre, e saúda o grande público amapaense, presente na Praça Santuário de Fátima. Daí em diante é uma grande troca de emoções, alegrias, regadas com suas necessárias narrativas de conscientização para valorização da nossa identidade cultural, costumes, ritos e tradições.

Com uma forte presença de palco, Fafá transborda emoção, espiritualidade, poesia, amor e saudades…

Portadora de um incrível potencial de voz, logo na abertura, saúda Nossa Senhora, e exorta o povo tucuju:

“Viva Nossa Senhora de Nazaré!”

Acompanhada de uma banda de músicos notáveis, cantou com profunda emoção a primeira canção de seu repertório, Nossa Senhora, de autoria de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Mas, se tem uma canção que me emociona profundamente é Ave Maria dos Retirantes, de autoria de Fafá, construção poético musical que exalta a Mãe Natureza Amazônica com seus ribeirinhos e caboclos.

Após as seguidas homenagens a Rainha da Amazônia, em dado momento de seu rico e diversificado repertório cant Nos Passa Vida, de autoria de Rambolde Campos e Osmar Júnior. Na hora, transpareceu falta de melhor informação dos organizadores à respeito dos autores de tão belo trabalho musical, para ser dito publicamente por Fafá, que rasga elogios a beleza musical e poética da canção.

Navegando em momentos e canções que marcaram época, Fafá de Belém dá um banho de cachoeira na interpretação da canção Aguenta Coração, de José Augusto, tema da novela que marcou época, Explode Coração.

Depois, conduz com a mesma emoção e alegria a plateia, hipnotizada, a prazerosamente ouvir seus primeiros grandes sucessos, tais como Foi Assim, de sua autoria.

Ao final de sua apresentação novamente exorta o povo amapaense e amazônico a ter orgulho de sua identidade cultural, raízes históricas, ancestralidade, costumes e tradições, musicalidade e culinária.

O fantástico show da cantora Fafá de Belém, ocorrido em Macapá, no palco da Praça Santuário de Fátima, localizado na Avenida Cora de Carvalho, bairro Santa Rita, veio para inaugurar aquele belíssimo espaço de lazer e entretenimento, entregue pela Prefeitura Municipal de Macapá.

A Praça contempla uma área de 5.985,95 m² que inclui escada e palco com cobertura, capela, lojas e banheiros, iluminação, arborização, paisagismo, rampa de acessibilidade e revitalização e ampliação de calçadas.

 

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A humanidade e a inteligência artificial

 

Percebo uma certa inércia nos meios de comunicação e no mundo livre sobre tema tão controverso e perturbador:

Inteligência artificial, e seus avanços tecnológicos!

Particularmente, considero uma boa, uma ótima mesmo, os avanços tecnológicos gerados para computadores, o celular, sistemas GPS de observação e de localização, a mecânica robótica à serviço da medicina, nas delicadas cirurgias, assim como a incrível capacidade de comunicação, de leitura e de armazenamento de memória que um simples celular pode dispor ao seu usuário, logo de imediato.

Agora, o que considero extremamente perturbador, perigoso, absurdo, é exatamente um dia um super cérebro artificial vir a comandar sistemas informatizados e toda a estrutura robótica de uma fábrica ou de uma empresa, por exemplo, em substituição a atividade humana.

Já imaginaram robôs e estruturas robóticas mecanizadas programadas e alinhadas a um comando único de um sistema decidirem o destino de pessoas cada vez mais alijadas daquilo que outrora fora seu ambiente de trabalho?

É justamente este deslumbramento com os avanços tecnológicos, e porque não dizer também financeiros, que podem colocar em risco o emprego e a renda de milhares de trabalhadores. Inevitavelmente, este futuro triste e sombrio, apenas com um clic, pode dar um xeque-mate no mundo do trabalho. Isso pode significar, num futuro próximo, o sepultamento destes espaços e/ou ambientes de trabalho, da inteligência e do sentimento humano, protagonizado pela máquina de inteligência artificial.

E então veremos, estarrecidos e perplexos por nossa inércia, o The Final Cut (O Ponto Final) deste longa drama metragem científico!

Todos estes cenários nos fazem lembrar o grande clássico da ficção científica, I Robot (Eu, Robô), de Isaac Asimov, lançado em 1.950.

Eu robô é um conjunto de nove contos com narrativas que relatam a evolução dos autômatos, através do tempo, onde são apresentadas as célebres Leis da Robótica. Nestas nove histórias, interligadas entre si, figuram os primeiros autômatos, incapazes de falar, e depois surgem os robôs super inteligentes, aptos a tomar decisões que podem afetar para melhor ou para pior a vida humana na Terra.

E o que dizer de A.I. Inteligência Artificial, filme produzido por Stanley Kubrick, e dirigido por Steven Spielberg, onde o ator principal é um jovem robô programado para amar, que parte em uma aventura na busca de se tornar uma criança de verdade e encontrar uma família, sendo no final resgato por inteligências superiores, de outro planeta, após o apocalipse, como memória viva do que restou de bom do sentimento humano?

Mas, dentro deste ponto final fico com os cenários surrealistas do nosso genial artista plástico tucuju Ivan Amanajás, ele que de muito já vem retratando e alertando em suas telas sobre este futuro sombrio e assustador!

A imagem deste artigo é justamente a visão plástica de Ivan Amanajás sobre o futuro, um futuro perturbador onde o artificialismo da máquina domina a cena!

 

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