Wellington Silva

Macapá, de estabelecimento militar a capital estadual

 

É somente no século XVIII que o império português assegura o controle efetivo das terras amapaenses, fixando na área um destacamento militar. Em 1.748 D. João V denomina a nossa região de Província dos Tucujus ou Tucujulândia sem que a mesma tivesse uma emancipação política. Era apenas uma área com delimitação geográfica para estabelecimento militar de defesa. No dia 29 de julho de 1.750 é realizado o lançamento da pedra fundamental da Fortaleza de São José de Macapá.

 

Em 1.758, Mendonça Furtado, governador do Grão-Pará, chega à localidade com a finalidade de definir fronteiras de acordo como ficou determinado no tratado de Madri. A área militarizada é elevada a condição de Vila de São José de Macapá. A 06 de setembro de 1.856 a Vila de São José de Macapá passa a categoria de cidade através da Lei Provincial nº 261, resolução assinada pelo governador do Pará, tenente-coronel Henrique Beaurapaire Rohan. Em 1.943, em plena Segunda Guerra Mundial, por um imperativo de segurança nacional, o Conselho de Segurança Nacional sugere ao Presidente da República Federativa do Brasil, Getúlio Vargas, que seja criado o Território Federal do Amapá por se tratar de estratégica região de fronteira, ponto Norte Setentrional do Brasil.

 

No dia 13 de setembro de 1.943, através do Decreto-Lei nº 5.812, Getúlio Vargas cria o Território Federal do Amapá acatando sugestão do Conselho de Segurança Nacional. Seu primeiro governador, nomeado por Getúlio Vargas, foi Janary Gentil Nunes. Inicialmente, a capital era a cidade de Amapá. Em função das dificuldades de acesso e de comunicações a sede da capital foi transferida para Macapá através do Decreto-Lei nº 6.550, datado de 31 de maio de 1.944. Depois da Campanha Diretas Já, movimento político articulado por Tancredo Neves, Ulisses Guimarães, Leonel Brizola, Teotônio Vilela, artistas e intelectuais, surge, em 1.988, a Nova Carta Magna do Brasil denominada de Constituição Cidadã. É nesse histórico momento da vida nacional brasileira que o Amapá é elevado a condição de estado da federação, no dia 05 de outubro de 1.988. Foram deputados constituintes Annibal Barcellos, Raquel Capiberibe, Geovani Borges e Eraldo Trindade.

 

Entre o preto, o branco e o nativo

 

Lamentavelmente, tristemente e vergonhosamente, o mundo todo vem ultimamente assistindo terríveis cenas da inconsequência humana. É como se voltássemos a assistir aqueles filmes brutais, em preto e branco, mostrando a nua e crua realidade potencial da insensatez e do totalitarismo humano.

 

Falo do racismo, em todas as suas formas, tons, cores e nuances, inclusive o também deplorável racismo inverso!

 

Afinal de contas, o que somos e o que estamos fazendo no mundo e para o mundo às futuras gerações?

 

Separatismo tribal!? Estigmatismo!? Agressão ao livre pensamento assim como às livres manifestações culturais!? Estimulo à segregação racial e social!? Amplificações imbecis e idiotas de ridículas rotulações sociais!? Mordaças ao potencial criativo humano!?

 

Creio e acredito imensamente que Deus, Alá, Jeovah, Javeh, Buda, Divino Mestre, Cristo, Jesus, Oxalá, Profeta Maomé, Supremo Arquiteto do Universo, etc…, como queiram denominar o Sagrado, os profetas, os Mensageiros de Luz, apenas observam atentamente o estado evolutivo de cada um de nós e assistem a selvageria dos discursos de ódio e as práticas racistas inflamadas pela ignorância da brutalidade incontida.

 

Assim como na teórica lei dos homens, que diz que “todos somos iguais perante a lei”, lá, no Plano Superior, verdadeiramente as Grandes Luzes da Sabedoria se tratam como iguais.

 

Se, como diz o nosso querido e genial Zé Ramalho, “todos os caminhos, me levaram a você, oh! Luz da Excelência”, porque então agredir verbalmente ou com notória violência os espaços de culto ao Sagrado, principalmente contra umbandistas e candomblecistas, espíritas, maçons, se todos os espaços de culto ritualístico essencialmente são espaços de culto ao Supremo Criador de tudo e de todos, a Fonte Fecunda de Luz, de Felicidade e de Virtude?

 

Não temos o direito de criticar e muito menos de condenar aquilo que desconhecemos quando não sabemos sequer o que é, quer seja por definição, conceito, uma razoável e realista explicação!

 

Abordar academicamente sobre qualquer cultura, principalmente afrodescendente ou ameríndia, obviamente exige pesquisa. Agora, vociferar bobagens absurdas, com claras conotações racistas, fascistas e preconceituosas é para uma boba plateia de tolos desinformados.

 

Não tem, historicamente, como negar que somos produtos genéticos de diversas culturas!

 

E porque digo isto?

 

Evidentemente, todas as culturas, tribos, quer sejam nativos, guaranis, tupis, pataxós, yanomamis, waiãpis, karipunas, portugueses e toda a nossa rica ancestralidade advinda da Mãe África povoaram e continuarão a povoar de geração a geração o nosso rico e imenso espaço territorial chamado Brasil.

 

E por ser assim o português se encantou com a bela nativa guarani e o fazendeiro com a belíssima negra de curvas suntuosas…

 

E então, apaixonaram-se, casaram e tiveram filhos e estes outros e mais outros filhos…

 

Quando vamos aprender que dependemos um do outro, neste mundo, para vivermos bem e em paz independentemente de nacionalidade, cultura, cor ou raça, credo e condição social?

 

Digo e repito novamente que Deus e o Plano Superior observam apenas a mente e o coração das pessoas, e nada mais…

 

Necessidades elementares para a defesa da Amazônia

 

A absurda situação de violenta agressão que o povo Yanomami vem ultimamente sofrendo, desde o ano passado, de parte da atividade predadora do garimpo clandestino, revela ou desnuda, de um lado, o descaso da área militar, e de outro, a total falta de ação ou de planejamento estratégico, somada a falta de recursos e de apoio logístico ao Ibama, Funai e Casai, órgãos encarregados de prestar serviços de proteção e de apoio a saúde as comunidades indígenas na chamada Amazônia Legal.

 

De acordo com o apurado pela imprensa regional e nacional a situação atual dos Yanomamis deixa transparecer um velado acordo de leniência ou de conveniência política com a atividade predadora ilegal do garimpo.

 

Claramente nos parece que o céu não é o limite para a lucratividade às custas da desgraça do meio ambiente e da comunidade indígena.

 

Com as presenças do presidente Lula e de Marina Silva, Ministra do Meio Ambiente, por vezes parece que as coisas andam um pouco para depois emperrarem ou travarem novamente quando se trata de uma efetiva ação militar no espaço aéreo ou em terras indígenas no estado de Roraima. E aí meu camarada, neste triste andor, nossa defesa vai pro brejo, indo também, invariavelmente, as nossas riquezas, o ouro, e muito pior, o urânio, mineral estratégico utilizado para fabricação de bombas.

 

 

Penso, com toda certeza, que diante de tanta tragédia absurda ocorrida em solo Yanomami nada custaria à boa diplomacia brasileira solicitar apoio dos Estados Unidos da América ou de outros países ricos para que realizem a doação de aeronaves tipo o excelente avião de pouso vertical V-22 Osprey, da Boeing, aeronave multifunção, de longo alcance, de pouso e decolagem vertical, em curto terreno. Sua excelente capacidade de deslocamento e de carga, na minha avaliação pessoal, é muito mais capaz de suprir urgentes necessidades de ajuda humanitária e de defesa do que um helicóptero convencional. Ele é capaz de levar 24 pessoas sentadas ou 32 no piso, além de 1 veículo de transporte. Possui uma velocidade máxima de 565 km/h e uma velocidade de cruzeiro de 446 km/h. Pode atingir um teto máximo de 7.620 metros. Pode ser armado com canhões M 240, uma M2 Browing ponto 50, e GAU-17 Minigum.

 

Se os Estados Unidos da América e demais países ricos apoiam a Ucrânia e Israel com unidades de defesa porque não apoiarem a defesa da Amazônia, mundialmente classificada como o pulmão do mundo?

 

Além do Osprey, outra excelente aeronave que já comprovou sua eficácia na Amazônia e conquistou lugar de destaque na história da aviação é o helicóptero militar americano multiuso Black Hawk (falcão negro), tornando-se um dos mais produzidos de todos os tempos. Sua incrível capacidade para se adaptar a uma ampla variedade de missões o transformaram em uma ferramenta fundamental em operações militares e de socorro.

 

Já imaginaram estas aeronaves em boas mãos do grupo de elite de fiscalização do Ibama ou em atividades humanitárias e de saúde na Amazônia?

 

O Amapá, como região estratégica de fronteira, não possui uma aeronave militar de defesa, dirá uma esquadrilha de caças Tucano ou de vigilância aérea permanente para terra, mar e ar.

 

Os mais antigos devem ter saudades do bravo guerreiro hidroavião Catalina, de fabricação americana, que tantos bons serviços prestou às diversas comunidades amazônicas levando assistência e saúde às regiões mais distantes. Quantas vidas não foram salvas pelos aviões Catalina?

 

Muito mais do que velhos discursos “patriotas” é fundamental, hoje, repensar a defesa da Amazônia através de parcerias focadas em ações imediatas e efetivas para que a nossa tão rica e imensa região não vire uma terra sem lei sob domínio de aventureiros predadores.

 

 

Reflexões sobre o 08 de janeiro

 

Mais do que nunca é preciso que os arautos e simpatizantes dos atos terroristas praticados no dia 08 de janeiro tenham a plena consciência de que o Brasil não é e nunca mais será uma terra sem lei vocacionada a ditadura!

 

Criticar Lula ou quem quer que seja é perfeitamente normal dentro de nosso regime democrático! Agora, incitar e reiteradas vezes planejar e tentar executar golpe de estado é considerado crime federal grave passível de inquérito policial e prisão, ação decorrente não só no Brasil como em qualquer país membro da Organização das Nações Unidas, como o ocorrido nos Estados Unidos da América.

 

As investigações, perícias, inquéritos policiais e CPI já comprovaram por demais o evidente envolvimento de grupos radicais bolsonaristas tanto nas atividades de planejamento como de execução do quebra-quebra realizado nas dependências internas e externas do Palácio do Planalto, do Supremo Tribunal Federal e do Congresso Nacional. O “agente laranja” do fracassado atentado a bomba – Graças a Deus – no Aeroporto Internacional de Brasília que o diga, visto e registrado que foi pelas câmeras do Congresso Nacional, dias antes visitando gabinetes de parlamentares bolsonaristas.

 

As evidências das provas são tantas e tão robustas que não tem mais como um “inocente útil” bolsonarista ainda afirmar que o ato do 08 de janeiro foi uma ação orquestrada por “infiltrados comunistas do PT!” É uma “potoca” absurda, uma aberração discursiva que não mais se sustenta diante da grandiosa evidência de provas materiais, documentais, imagens, depoimentos diversos, etc…

 

E ainda bem que no Brasil existem militares legalistas, constitucionalistas, defensores da democracia, do estado democrático de direito, do livre pensamento, da livre iniciativa, das liberdades individuais e coletivas…

 

Nunca devemos esquecer o nosso dever sagrado moral de defender os valores ou os pilares democráticos, a Constituição da República Federativa do Brasil, os poderes da República, respeitar o direito sagrado das livres manifestações culturais, a nossa identidade cultural e a individualidade de manifestação política de cada um, desde que tal manifestação jamais atente contra o estado democrático de direito.

 

Honremos a história de lutas de nossos antepassados que tanto lutaram para a consolidação da democracia no Brasil e no mundo:

Tiradentes, Gonçalves Ledo, José Bonifácio, D. Pedro I, Benjamin Constant, Deodoro da Fonseca, Castro Alves, Frei Caneca, Carlos Garibaldi, Jean-Jacques Rousseau, Voltaire, George Washington, Abraham Lincoln, Winston Churchil, e tantos outros, que lutaram e se sacrificaram contra a tirania, para que hoje vivêssemos sob o regime democrático!

 

PAZ NA TERRA AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE!

 

Que assim seja, e assim deve ser!

 

 

2024

 

4 + 2 = 6, e 6 + 2 = 8

 

Portanto, o número oito é o Infinito, representa o Infinito, o Supremo, o Sagrado, a Grande Fonte Geradora de tudo e de todos:

O GRANDE GEOMETRA!

 

O número oito dá voltas em torno de si mesmo, e simbolicamente é como o universo em constante mutação, transformação, giro, mudança…

 

É um ano que implica em mudanças positivas, isso, se assim, mentalmente, e em atitudes corretas, o quisermos!

 

Habitantes do planeta Terra, políticos, governantes, líderes mundiais, empresariais, ambientalistas, uni-vos e deem uma chance a paz, a fraternidade universal, a saúde física, mental e espiritual da humanidade, e principalmente, deem uma chance a saúde ambiental do planeta.

 

O mundo sufoca em guerras, e diariamente agonia com o tremor destrutivo quase ininterrupto de bombas a despedaçar crianças e gente inocente! Incêndios, devastação e destruição se expandem sobre cidades, rios e florestas!

 

Onde havia vida, hoje imperam cenários do caos…

 

Não somos só carne, nervos, órgãos, pele e ossos Living in The Material World (Vivendo no Mundo Material), como sabiamente bem refletiu e criticou George Harrison!

 

Temos um espírito que nos move, o Sopro Divino de Deus, que precisa evoluir, e isso é o mais importante!

 

Não somos um corpo em uma experiência espiritual temporal e sim um espírito que necessita de evolução vivendo dentro de uma ferramenta Divina corpórea passageira, temporalmente vivendo sob a lei natural de causa e efeito, ação e reação. É a necessidade de prevalência do espírito sobre a matéria…

 

Negar esta realidade é o mesmo que negar a Deus a razão primordial de nossa criação e existência, o fundamental princípio lógico de que somos pedras brutas carentes de lapidação.

 

Quem tiver ouvidos de ouvir que ouça, e quem tiver olhos de ver que veja…

 

PAZ NA TERRA AOS HOMENS E MULHERES DE BOA VONTADE!

 

Wellington Silva
Sob Orientação do Sagrado,
O Mensageiro

 

Entreguismo e protecionismo

O que fizeram com o Brasil nestes últimos tempospara chegarmos a esse resultado atual se possuímos grandes reservas petrolíferas e minerais, riquezas que outros países não possuem?

Me parece que o histórico problema não está no governo e sim na velha e perversa política entreguista que sempre define e direciona rumos ou caminhos contrários ao desenvolvimento real de uma Nação livre, soberana e economicamente independente.

O que até hoje chama a atenção de jornalistas e pesquisadores socialistas e liberais quando se fala do modelo norte-americano?

Eles possuem e defendem uma política protecionista. Fixam tarifas alfandegárias elevadas e seletivas para proteger a sua indústria e concedem subsídios para favorecer o crescimento de empresas que comprovadamente geram empregos, renda e desenvolvimento. Eles realizam ótimos investimentos em ferrovias, rodovias, hidrovias, portos, energia e saneamento, um dever de casa imperativo para nós brasileiros. Eles possuem um bom banco nacional e um eficiente sistema estatal de financiamento da produção. O mais incrível de tudo, historicamente falando, é que essa base política de desenvolvimento foi lançada por Alexander Hamilton, um dos fundadores dos Estados Unidos da América, logo após a independência do país, ocorrida em 04 de junho de 1776, data em que foi selada a autonomia das Treze Colônias, sob a liderança do general George Washington.

Lamentavelmente, a política entreguista brasileira, por décadas na contramão, inversa e ao contrário da política norte-americana e de muitos países europeus e asiáticos, promoveu a desnacionalização sistemática da indústria, principalmente de setores considerados por determinados segmentos ideológicos e políticos como setores-chave da indústria de produção. E então, “finou-se” em transferir seu controle a capitais estrangeiros.

A remessa de lucros dessa velha política entreguista, como a dos combustíveis, atualmente se constitui uma política perversa. Brasileirospagam e pagam muito alto por um produto que são constitucionalmente proprietários. E é justamente a delegação de controle interno e administrativo dos setores estratégicos da economia de um país que define seu rumo para o desenvolvimento ou para o buraco, para melhor ou para pior!

TRADUÇÃO: Se não é protecionista é entreguista!

Eis que as empresas multinacionais dominam o ambiente econômico nacional e impedem o surgimento de forças internas que eliminem os entraves de seu pleno desenvolvimento ou libertação econômica, para ser mais claro!

Nos últimos 40 anos, Japão, Alemanha, Estados Unidos, Suécia e Coreia do Sul usaram medidas protetivas, subsídio estatal, controle sobre investimentos estrangeiros, fiscalização do capital volátil e apoio às empresas privadas locais como estratégias de crescimento, desenvolvimento e inserção soberana no processo de mundialização.

Em nosso País, em nome de um saturado pseudoliberalismo, ou neoliberalismo, condena-se a proteção das empresas locais e se pratica a longtime (muito tempo) o entreguismo de nossas riquezas.

Túnel do tempo: Em 1947 é iniciado um grande movimento nacionalista, a Campanha do Petróleo, movimento que contou com a ativa participação do escritor Monteiro Lobato, general Leônidas Cardoso (pai do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso), general Júlio Caetano Horta Barbosa e Arthur Bernardes (ex-presidente do Brasil) que liderou o Centro de Estudos e Defesa do Petróleo, solenemente instalado no dia 21 de abril de 1948. Já naquela época, como hoje, setores liberais fizeram feroz oposição aos nacionalistas. Logo a campanha ganhou às ruas e a simpatia popular. Em 1951, o presidente Getúlio Vargas encaminhou projeto de lei 1516 ao Congresso Nacional propondo a criação do Petróleo Brasileiro. No dia 03 de outubro de 1953 assinoua Lei 2004 e criou a Petrobrás, deflagrando a histórica campanha O Petróleo é Nosso!

A gasolina era barata e não havia entreguismo de nossas riquezas.

Daí perguntamos:

O que fizeram com o Brasil nestes últimos tempos? O petróleo é nosso?

 

 

 

Give peace a chance! Deem uma chance a paz!

 

Tudo o que queremos é amor, amor é tudo o que queremos!

 

Esta profunda frase clássica, poética, melódica e reflexiva, se tornou um hino pela paz mundial!

 

Al you need is love, a inspiradora canção escrita e musicada por John Lennon e Paul McCartney foi inicialmente lançada em 17 de janeiro de 1.969 no Reino Unido, última faixa do Lado A do antológico álbum Yellow Submarine, que já completou 50 anos de lançamento.

 

Nos Estados Unidos, o famoso álbum foi lançado em 13 de janeiro de 1.969. O filme, Yellow Submarine, acabou se tornando um grande clássico do cinema, e o álbum, um record de vendas.

 

A profunda reflexão que a canção traz a torna mais atual que nunca, assim como Give Peace a Chance (Deem uma Chance a Paz) e Imagine, de autoria do genial Beatle John Lennon, em parcerias com Yoko Ono.

 

Give Peace a Chance é muito mais que uma simples letra ou uma simples música. Ela é um chamado de alerta que transcende seu tempo e continua a inspirar gerações e gerações como que um farol contra as trevas da brutalidade e da ignorância na luta por um mundo mais pacífico. Assim como Give Peace a Chance Imagine também é um recado direto em defesa da paz e da fraternidade universal:

 

“Nenhum inferno abaixo de nós, acima de nós, só o céu! Nada porque matar ou morrer! Imagine todo mundo vivendo sua vida em paz? Imagine todo mundo partilhando todo o mundo? Você pode dizer que sou um sonhador, mas não sou o único, e espero que um dia você se junte a nós, e o mundo será um só”.

 

Em Give Peace a Chance a expressão de Lennon & Yoko é direta, clara, objetiva:

 

Tudo o que dizemos, é que deem uma chance a paz!

 

E disse John Lennon:

Nossa sociedade é controlada por pessoas insanas com objetivos insanos. Acho que estamos sendo administrados por maníacos para fins maníacos e acho que sou passível de ser colocado como louco por expressar isso. Isto que é insano sobre a situação.

(John Lennon)

 

Hoje, século XXI, final do ano de 2023, a expressividade Beatle e de John Lennon ainda ecoam muito forte em nossas mentes e corações cansados de um mundo envolto em guerras, genocídios, fanatismo político e religioso, pois, afinal de contas, tudo o que queremos é amor, e amor é tudo o que queremos…

 

Portanto, senhores da guerra, deem uma chance a paz, e imaginemos um mundo com todos vivendo a sua vida em paz. É fácil, basta tentar! Esperamos que um dia se juntem a nós, e o mundo será um só!

 

Murmuremos palavras sábias, deixe estar…

 

 

Os predadores estão de volta!

 

Os predadores estão de volta, e sem um controle efetivo contra eles, clandestinamente usando e abusando do espaço aéreo amazônico para transporte ilegal do ouro abruptamente extraído das terras Yanomami.

 

Atualmente, o chamado “garimpo do Rangel” está altamente operativo, lá operando exploradores fortemente armados, com maquinários pesados, diversos acampamentos espalhados, e até um moderno aparelho de internet interligado por via satélite.

 

Diversas lideranças indígenas, como Dário Kopenawa, Vice-Presidente da Hutukara Associação, uma das entidades mais representativas do território, vem ultimamente constatando que a atividade ilegal de garimpo em terras Yanomami não recrudesceu, muito pelo contrário, vem crescendo cada vez mais, apresentando um aumento de 6% !

 

As condições médicas para os Yanomamis voltaram a se agravar com a nova incidência de contaminação de rios, tudo por conta do uso e despejo indiscriminado de mercúrio, e outros metais pesados, para lavra e seleção do ouro.

 

Tristemente e lamentavelmente, a unidade de saúde que atendia os nativos na região de Surucucu foi desmontada, assim como a Casa de Saúde Indígena, em Boa Vista.

 

Uma indígena Yanomami declarou que “na minha comunidade, na região do Xiriana, o garimpo está crescendo muito e o rio está poluído! As crianças estão muito fracas! É preciso que as autoridades retirem os garimpeiros das comunidades”, desabafou!

 

De acordo com Felipe Finger, Coordenador do Grupo Especial de Fiscalização, grupo de elite do Ibama, “hoje as operações sofrem com problemas de logística. As Forças Armadas desativaram um ponto de apoio dentro da reserva, que permitia o reabastecimento dos helicópteros de fiscalização.”

 

Pelo que se percebe, houve o cometimento de uma série de graves erros, desde a absurda desativação de unidades de saúde até o cancelamento do tão necessário apoio logístico para as atividades de fiscalização do Ibama. No mínimo, deveria urgentemente ser instalada uma base militar permanente, com um efetivo permanente de tropas, de equipamentos, helicópteros, aviões, não só para cobrir todo o espaço aéreo como também para um combate mais efetivo a estes predadores do meio ambiente!

 

E daí perguntamos:

Será que tem “angu” e até “artista” nesta jogada ou movimentação política contra os Yanomamis?

 

Paul McCartney, e meu sonho de criança

 

Quando em casa tocava no Motorola de mamãe a canção Help, dos Beatles, eu, ainda “garotão”, corria pro rádio pra ouvir!

“Help, a need somebody, help, not just anybody, help, you a need someone, help!” Me ajude, preciso de alguém, não é qualquer pessoa! Me ajude, você sabe que preciso de alguém! Me ajude!

O nosso Querido e lendário João Lázaro comandava o show musical na Rádio Difusora. Quando tocava Ticket to Ride, eu achava aquela batida musical simplesmente incrível:

“Acho que vou ficar triste, acho que é hoje, sim! A menina que está me deixando louco está indo embora! Ela tem um bilhete para andar, e ela não se importa…”

E o sonho não acabou!

Ele continuará pra sempre na força irradiante e contagiante da alegria e das profundas emoções que Paul McCartney e seus fãs emanaram no memorável show realizado no Estádio Mané Garrincha, quinta-feira, 30 de novembro de 2023.

Eu, já um senhor de 59 anos, e Paul McCartney, 81, cantando como nunca, altamente carismático, a nos conduzir com sua fantástica banda a uma viagem musical histórica, antológica, nostálgica, musicalmente navegando no começo do começo dos Beatles, com Love Me Do, por exemplo, até chegar aos seus eletrizantes sucessos que até hoje encantam gerações como Jet e Live and Let Died (Viver ou Morrer), canção classificada como a melhor da lendária série cinematográfica de ação e aventura 007 James Bond.

Mas, o momento que mais emocionou a todos, e particularmente a mim, foi quando Paul cantou Let it Be:

“Quando me vejo em períodos difíceis, Mãe Maria vem a mim dizendo, deixe estar, e nas minhas horas de escuridão, ela vem a mim dizendo, deixe estar…”

Enquanto cantava Hey Jude, no refrão o estádio inteiro respondia em coro!

Belíssima foi a homenagem que também fez a George Harisson, ao cantar Something, com aquela linda abertura musical no ukulele, instrumento que George muito gostava de tocar.

Belíssima também foi a homenagem feita a John Lennon!

E nós ali, amapaenses, de corpo e alma presente, eu, Aida Mendes, Renata Verzola, Selma Cruz e Maíra Cruz Bemerguy, emocionados, boquiabertos, vendo aquela lendária criatura a irradiar tanta energia através de canções que encantam e continuam a encantar gerações e gerações…

O THE END foi uma emocionante visita através de uma belíssima releitura musical do álbum ABBEY ROAD, dos Beatles.

RARE PAUL MCCARTNEY!

 

 

Ivan Amanajás: Escala de Cinza

 

“Creio que o artista nunca deve parar de produzir! Renoir, já fraco, no leito de sua morte, viu andorinhas voando no céu e gritou: Andorinhas! Andorinhas! E pediu as suas inseparáveis ferramentas de pintura para retratar a cena! Da Vinci, antes de morrer, pediu desculpas a Deus por ter ocupado boa parte de seu tempo com invenções e não ter conseguido produzir mais obras sacras. Creio que Paul McCartney não vai parar agora, porque está no sangue e na alma do artista o forte sentimento de produzir, de se expressar dentro de sua arte. Renoir, Da Vinci, Paul McCartney, todos nós, artistas, somos criaturas em constante mutação, é assim que eu vejo!”

Assim começamos um papo muito legal, altamente inspirativo, prazerosamente ouvindo Ivan Amanajás em sua residência a abordar questões e fatores históricos da arte, os grandes gênios da pintura, e a respeito de sua exposição plástica surrealista intitulada Escala de Cinza, que será realizada no Sindicato dos Estivadores, com abertura prevista à partir das 20h, neste sábado, dia 25 de novembro, ali na Odilardo Silva, número 2381, bairro do Trem. A exposição se estenderá até o dia 28 de novembro.

Particularmente, para mim atualmente Ivan Amanajás é o melhor surrealista futurista da região Norte, e quem sabe, do Brasil!

Estamos falando de um artista premiado, que já ganhou diversos prêmios, títulos, honrarias, como o Prêmio Maestro Siney Saboia de Cultura, em 2021, categoria Artes Visuais.

Quem conhece artes plásticas e pesquisa surrealismo, e já teve a oportunidade de visitar inúmeras exposições, e já observou cuidadosamente a obra de diversos artistas, no final, irá concordar comigo!

O perfeccionismo de Ivan, as formas, o minucioso estudo geométrico das formas, a anatomia, rostos, a mecânica advinda do fantástico imaginário do artista, as cores empregadas, os tons, tudo te faz adentrar ao seu mundo, e te suga, te puxa pra dentro! É um mundo assustador, não de homens, mas de máquinas, onde o artificialismo domina a cena, e por vezes te mostra portais do que foi, ou do que será…

Em alguns cenários, por ele construídos, aparecem seres inteligentes, em suas naves espaciais, observam o “errare humanum est” (este erro humano), e repentinamente surgem ou desaparecem em seus portais.

Seria ele uma ferramenta premonitória de alerta, a antevisão de futuro, através de sua fantástica arte?

Como Ivan Amanajás, dentro desta visão futurista crítica, com seu alto nível de qualidade temática e técnica, só vislumbro apenas o fantástico artista plástico inglês Roger Dean, autor das históricas capas da lendária banda britânica de rock progressivo, o Yes.

E o que Ivan Amanajás atualmente nos mostra?

Trata-se de uma perturbadora visão futurista, que já bate à porta, e sem pedir licença! É a chamada inteligência artificial a causar muita polêmica, discussão científica e política, atualmente.

Obras como Pêndulo Sobre o Abismo mostra o tempo como um abismo imaginário, criado para preencher a existência humana. Uma obra que veio a exigir do artista uma nova releitura, pintada 40 anos atrás, mas desta vez, revista e atualizada, mais atual que nunca! Basta ver, e sentir!

Cavalo doido, cavalo robô, figura o homem desalmado, aprisionado, refém da tecnologia, obra inspirada na antológica canção do genial Alceu Valença, Cavalo Doido, Cavalo de Pau.

Outra obra, Um Dia Perdido no Futuro, mostra seres robóticos, a energia quântica, perdida em uma praia qualquer, no futuro. O Homem Já Procura Novos Caminhos é uma obra inspirada em uma canção do genial Zé Ramalho. Ela mostra a “la decadense”, a decadência humana, o “bicho” homem, ancorado em seu porto de destruição, e os cavalos do apocalipse, mas, uma luz figura no fim do túnel…

A obra Etakarinai figura a engenharia humana, a mecanização, o artificialismo. São formas quadradas que contrastam com a forma universalista esférica criativa do Grande Geômetra: a Terra, os planetas, o universo…

De resto, é visitar e revisitar esta intuitiva, inspirada e fantástica exposição, observando atentamente obra a obra, formas, detalhes, as cores, mensagens ocultas, a fim de compreender a reflexiva mensagem deste grande artista amapaense.