Coluna Esplanada

Indenização para aldeias

 

Enquanto o fantasma das barragens assombra a região metropolitana de Belo Horizonte, as indenizações mensais para aldeias atingidas pelo lamaçal contagioso da Barragem da Samarco em Mariana vão chegar a meio bilhão de reais neste 1º semestre. É o somatório dos Auxílios Extra Emergenciais pagos a três etnias em Minas Gerais e Espírito Santo, cujos territórios, fauna e flora foram destruídos. Esses valores foram definidos pelo Fundo Renova, criado pela empresa sob tutela do Ministério Público. São repassados mensalmente R$ 5,3 milhões para 1.641 famílias de Tupiniquim e Guarani, no ES – R$ 316,6 milhões no total – e R$ 2,3 milhões para 181 famílias dos Krenak de Resplendor (MG), somando R$ 133,5 milhões. Desde a criação do fundo até este abril foram pagos R$ 450 milhões às aldeias.

 

Rompidos

O senador e ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) rompeu de vez com o ex-presidente Jair Bolsonaro. O motivo seria o fato de Mourão não mais atender e tampouco retornar os telefonemas de Bolsonaro. A caixa postal está lotada de recados de assessores do ex-presidente, conta gente do seu staff.

 

Haddad & Faria Lima

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, palestrou para o Itaú num evento seleto em São Paulo no qual participaram apenas clientes com saldo acima de R$ 10 milhões. A turma saiu animada com o que ouviu. Falta combinar o ajuste fiscal com o chefe no Palácio, que insiste em gastar mais.

 

Querido da madrinha

Olavo Noleto, Secretário-Executivo do Palácio do Planalto, está pela bola 7. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, acha que seu desgaste no Congresso vem da falta de articulação dele. Olavo é blindado pela madrinha Miriam Belchior.

 

Nova Nuclebras

A Comissão de Minas e Energia da Câmara Federal concedeu parecer favorável ao Projeto de Lei 5563/23, do deputado Júlio Lopes (PP-RJ), que altera o nome da Indústrias Nucleares do Brasil S.A. para Nuclebras. A criação da marca visa impulsionar a empresa no mercado internacional, visto que ela é responsável por todo o ciclo de produção do combustível nuclear.

 

 

Celebração de Sarney

 

A celebração dos 94 anos do ex-presidente José Sarney reuniu personalidades políticas – senadores, deputados e governadores de direita e de esquerda – de quase todos os Estados. Os convidados da festa, realizada na mansão dele no Lago Sul, bairro nobre de Brasília, foram recepcionados pela filha, Roseane Sarney, e assessores. Entre os ministros do Governo Lula, estiveram presentes Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e o vice-presidente Geraldo Alckmin, que também comanda a pasta de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), chegou quase no final da festa. O ex-ministro José Dirceu (PT) também marcou presença e trocou palavras com o ex-senador Gim Argello. Ambos foram alvos da Lava Jato. Presidente do MDB, o deputado Baleia Rossi foi um dos políticos mais paparicados e ficou do início ao fim do evento. Todos os convidados ficaram surpresos com a vitalidade do Sarney, que estava muito bem e lúcido após a queda que sofreu há dois meses.

 

Cobrança

Nos últimos dez dias, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, recebeu em seu gabinete apenas um deputado e três senadores, conforme levantamento da Coluna: Jaime Bagattoli (PL/RO),  Laércio Oliveira (PP/SE), Chico Rodrigues (PSB/RR) e o deputado Dionilson Marcon (PT/RS). Esse foi um dos motivos para a cobrança do presidente Lula da Silva para que ele participe mais das articulações com o Congresso.

 

Solla x Brazão

Independentemente do deputado do PT escolhido para relatar o processo contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), o parecer será pela cassação do parlamentar. A relatoria tende a ficar com Jorge Solla (BA) que chamou de canalhice o pedido de vistas de colegas em votação sobre a manutenção da prisão de Brazão na CCJ da Câmara.

 

Canetada

O Ministério da Saúde, que já tem recebido críticas pela epidemia de dengue, acaba de comprar uma nova briga. O decreto nº 11.999 altera o plenário da Comissão Nacional de Residência Médica (CNRM), que faz a regulação e supervisão dos programas de Residência no país. A canetada duplicou os membros ligados ao Governo Federal, deixando as associações médicas sem efetivo peso nas decisões do colegiado.

 

TCU mira Apex

O TCU abriu processo para investigar “a atuação da Apex Brasil no processo licitatório que resultou na compra de nova sede”. O caso foi revelado pela Coluna. A comissão de licitação é apontada por uma das concorrentes – Paulo Octavio Empreendimentos -, por atuar sem transparência na tramitação e escolha de um dos projetos que concorriam, pelo qual a agência poderá pagar até R$ 6,7 milhões a mais que a proposta de menor preço.

 

Brasil em Londres

O ex-presidente Michel Temer (MDB) e seu indicado ao Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Alexandre de Moraes, se encontram hoje … em Londres. Ambos são convidados do 1º Fórum Jurídico Brasil de Ideia. Participam do painel “O Papel do Judiciário para a Estabilidade Democrática”. Andrei Rodrigues, Diretor-Geral Polícia Federal, também estará por lá hoje.

 

Triunvirato

 

Depois do pito do presidente Lula da Silva, os líderes do Governo, José Guimarães (CE), do PT, Odair Cunha (MG), e o deputado Carlos Zarattini (PT- SP) formaram uma força-tarefa para ouvir a insatisfação e demandas dos colegas da base para repassá-las diariamente aos articuladores do Governo. Não desgrudam e, além dos gabinetes e do Plenário, abordam deputados nos corredores. Uma das queixas recorrentes é a dificuldade de agenda com ministros, reclamação que é enviada pelos três diretamente para os chefes das pastas. Os deputados também estão atuando com elo de encontro de ministros com vice-líderes, como a reunião desta semana entre Alexandre Padilha (Secretaria de Relações Institucionais) e Rui Costa (Casa Civil) e parlamentares do MDB, PDT, PSD, União Brasil, PSB e PCdoB.

 

Sob flechas

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, tem tentado apagar incêndio após o presidente Lula da Silva não ter cumprido a promessa de demarcar 14 terras indígenas. Ela admite que “é pouco”, mas tenta contemporizar as cobranças alegando que, neste um ano e quatro meses de Governo, foram homologados dez territórios indígenas. Nos dez anos anteriores, ela compara, foram apenas onze territórios demarcados.

 

Fora das pistas

Rubens Barrichello chegou acelerando fundo no mercado de apostas esportivas. Em um setor já saturado por celebridades, esportistas e ex-jogadores de futebol patrocinados por sites especializados em apostas, Rubinho adotou caminho diferente. O piloto foi anunciado como diretor não-executivo para a América Latina da SOFTSWISS, empresa europeia líder no desenvolvimento de soluções de software para iGaming.

 

Climão

Em uma coletiva de imprensa realizada na segunda, 22, no horário do almoço, na Embaixada da Autoridade Palestina, em Brasília, jornalistas de vários veículos passaram por situação constrangedora. O motivo: não foi servido o almoço para eles, sendo que serviu para os diplomatas presentes e seus respectivos motoristas. Todos os jornalistas foram embora e não publicaram nada sobre a entrevista.

 

Discrepância

Ao ver como “discrepância” a proposta de aumento de 57% para a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiro, o senador Cleitinho (Republicanos-MG) lembra que o reajuste do mínimo previsto para 2025 é de 2,6%. “Acho que tem que ter a consciência. Por isso o Brasil está como está”, afirma ao defender mudanças “no modo como o dinheiro público é administrado”.

 

Conselho de Lula

 

Além de falar grosso e verbalizar com ministros a insatisfação com a articulação política, o presidente Lula da Silva cogita ressuscitar o conselho político que manteve nos dois primeiros Governos e que também funcionou nos Governos de Dilma Rousseff. A ideia é ter o mesmo formato e periodicidade de reuniões – uma vez por semana – dos conselhos anteriores, com ministros do núcleo duro do Planalto e presidentes e líderes de partidos que integram a base no Congresso Nacional. O presidente também quer um pente-fino nos 20 vice-líderes do Governo na Câmara para eventuais trocas por parlamentares mais atuantes. Um deles caiu essa semana. Victor Linhalis (Podemos-ES) deixou o posto após divergências sobre projetos do Executivo.

 

Pedra no caminho

O PSD pode ser uma pedra no caminho do projeto do senador Davi Alcolumbre (União-AP) para suceder Rodrigo Pacheco (MG). A bancada mira apoio do PT para um eventual apoio do Palácio do Planalto. O líder do PSD, Otto Alencar, já está com o nome posto e é bem visto pela oposição, que tem criticado Pacheco por não reagir às supostas interferências do STF.

 

Fundação Dornelles

O Progressistas (PP) deu novo nome à fundação do partido, agora intitulada Fundação Francisco Dornelles, em homenagem ao ex-ministro da Economia. O evento, realizado no sábado (20), contou com presença de figuras de peso, como o senador Ciro Nogueira, o presidente da Câmara, Arthur Lira, e o ex-ministro das Cidades e conselheiro da Firjan Márcio Fortes de Almeida.

 

Disparidade

Mesmo com leis de incentivo à participação das mulheres, a política segue sendo ocupada majoritariamente por homens nos bastidores. Um jantar que aconteceu na última segunda (22) em apoio à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, reuniu caciques de vários partidos. Mas o detalhe que chama a atenção é o fato de haver apenas uma mulher presente: a deputada Renata Abreu (Podemos-SP).

 

Faz a diferença

A rede social da ativista de Direitos Humanos Maha Mamo não parou essa semana. A embaixadora da ONU para refugiados, a atriz premiada Cate Blanchet, a ativista Luiza Brunet – ambas amigas de Maha -, e amigos da ONU mandaram mensagens para ativista que é cidadã brasileira desde 2008. A razão é que Maha foi indicada da categoria mundo no prêmio Quem faz a Diferença.

 

 

A sede cara da Apex

 

Uma nova sede própria pode virar dor de cabeça para a ApexBrasil. A comissão de licitação é apontada por uma das concorrentes, a Paulo Octavio Empreendimentos, por atuar sem transparência e publicidade na tramitação e na escolha relâmpago de um dos projetos de edifício que concorriam no processo, pelo qual a agência poderá pagar até R$ 6,7 milhões a mais que a proposta de menor preço. A decisão de comprar uma sede surgiu em 2022, ainda no Governo Bolsonaro. No Governo de Lula da Silva, o presidente da agência, ex-senador Jorge Viana (PT), criou em junho de 2023 comissão para avaliar propostas. Surgiram ofertas de sete edifícios, das quais duas ficaram finalistas nos últimos meses: um projeto da Paulo Octavio e uma da Lotus Cidade, a vencedora, que pediu R$ 186,5 milhões. O Grupo PO ofertou por R$ 179,8 milhões, mas a comissão não deu ouvidos. O curioso caso do órgão federal que não quer o melhor preço pode parar na Justiça. Leia detalhes no site da Coluna.

 

Ocaso de Tebet

O desânimo da ministra Simone Tebet responde por dois nomes: no Planejamento hoje apagado na Esplanada, ela fica à mercê da ministra da Gestão, Esther Duek, e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Nada anda em sua pasta sem o aval da dupla.

 

Voos diários

Num momento em que o Governo lança o Voa Brasil, com passagens a R$ 200, a recuperação judicial da Gol Linhas Aéreas pode ser entrave ao programa. A Gol se encontra em processo de recuperação judicial nos EUA e deverá devolver 16 aeronaves Boeing 737. Esses aviões podem operar em média 90 voos por dia – oferta diária de 19 mil assentos.

 

Revolta pública

Os ministros palacianos Rui Costa e Alexandre Padilha articularam para derrotar o presidente da Câmara, Arthur Lira, e seu grupo político para que Chiquinho Brazão (sem partido) continue preso. Daí a revolta pública de Lira com Padilha. O objetivo dos palacianos é também enfraquecer a candidatura de Elmar Nascimento (União-BA) à sua sucessão, mostrando que Lira não tem tanto prestígio e comando na Casa como antes.

 

Na UTI

As críticas sobre a relação ruim de sua pasta com o Congresso Nacional fizeram Nísia Trindade balançar ainda mais na cadeira. Sua vaga pode cair nas mãos do MDB ou PP do Rio de Janeiro. Há uma velada disputa de nomes dos dois partidos. Até o ex-ministro José Temporão entrou na lista.

 

Senhor dos cargos

 

Além do primo – Wilson César de Lira -, defenestrado do cargo de superintendente regional do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) de Alagoas, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mantém apadrinhados em cargos com orçamentos bilionários em Brasília e em Alagoas, sua base eleitoral. O principal deles é o comando da Caixa. Emplacou o amigo Carlos Antônio Vieira após articular pessoalmente e com a tropa do Centrão a queda da antecessora Rita Serrano. O deputado também emplacou André Fufuca no Ministério do Esporte. Em Alagoas, Lira manda e desmanda no Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Denocs), na Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) e na Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). E quer mais: segue pressionando o Governo para ocupar o Ministério da Saúde.

 

Curto e grosso

O comandante do Exército, Tomás Paiva, foi curto e grosso ao responder à choradeira do deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) sobre a suposta “falta de solidariedade” das Forças Armadas com os oficiais que estão na cadeia ou são investigados pela baderna de 8 de Janeiro. “As prisões de oficiais são legais”, disparou o general.

 

Condenado

A Justiça condenou o ex-presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Gilberto Linhares Teixeira, a 26 anos de prisão pelo assassinato da enfermeira Edma Rodrigues Valadão e do enfermeiro Marcos Otávio Valadão. O crime aconteceu em setembro de 1999, no Rio. A pena deve ser cumprida em regime fechado.

 

Mortes evitáveis

Mais de 1,3 milhão de mortes prematuras causadas pelo tabagismo poderiam ser evitadas no Brasil até 2060, segundo dados publicados na pesquisa Lives Saved Brazil. O estudo leva em consideração a aplicação de políticas de redução de danos, que incluem o uso de alternativas de menor risco para os adultos fumantes, como os cigarros eletrônicos, e um aprimoramento do diagnóstico e tratamento precoce de câncer do pulmão.

 

Vai que cola 

A Prefeitura de Curitiba avaliou um imóvel em valor superior ao pago pelo comprador e determinou a quitação do Imposto Sobre Transmissão de Bens (ITBI) proporcional à quantia mais alta. Advogado, o contribuinte respondeu ao órgão que conhece o enunciado do STJ que determina o cálculo pelo valor de venda e ameaçou ir à Justiça. Em poucos dias, recebeu nova guia de pagamento, com o valor certo.

 

Fila contida

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) assegura que conteve a fila de espera dos cidadãos que solicitam aposentadoria. Questionado pela Coluna sobre as solicitações feitas desde o começo do Governo Lula III, o órgão posiciona que, em relação ao estoque de pedidos de benefícios, fechou o ano passado com 1.545.376 requerimentos; em comparação ao ano anterior, 2.069.807 processos estavam à espera de análise: “Desta forma, houve queda de 25,33% no quantitativo de 2023 em relação ao registrado no ano anterior”. Sobre o quadro de funcionários para a atender à demanda, o INSS posiciona que mais 276 novos técnicos do seguro social tiveram a nomeação publicada no Diário Oficial da União (DOU). Sendo assim, complementa, de 3.144 pessoas aprovadas no último concurso, 1.285 vão integrar o quadro de novos servidores do INSS.

 

Franco favorito

Se na Câmara dos Deputados a disputa para a sucessão do presidente Arthur Lira (PP-AL) está acirrada, no Senado o presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Davi Alcolumbre (União-AP), segue franco favorito. Ele presidiu a Casa entre 2019 e 2021 e articulou as eleições de Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A oposição deve lançar – para marcar posição – o líder Rogério Marinho (PL-RN).

 

O bravo

Apelidado por colegas de “o bravo”, o deputado Glauber Braga (Psol-RJ), que expulsou um desafeto a chutes na Câmara, coleciona episódios de tumulto na Casa. Interrompeu as audiências com os então ministros Paulo Guedes (Economia) e Sergio Moro (Justiça), chamando-o de “juiz ladrão”. O deputado foi alvo de processos no Conselho de Ética, todos.

 

Vapes em pauta

Acontece amanhã a 6ª reunião de diretoria colegiada da Anvisa em 2024. Na pauta está a revisão da RDC nº46, que proíbe a comercialização e a fabricação de cigarros eletrônicos no Brasil, em vigor desde 2009. O volume de consumidores regulares de dispositivos – 100% ilegais no país – cresceu 600% em seis anos, chegando a quase 3 milhões (Ipec 2023). O debate tramita no Senado e terá audiência pública em breve.

 

Pavimentada 

Enquanto derrapa na Câmara, o Governo tem avenida pavimentada no Senado. A tropa de choque governista derrubou a sessão do Congresso que analisaria os vetos do presidente Lula da Silva. Entre eles, o que cortou R$ 5,6 bi para emendas parlamentares. A prioridade na Casa, com a benção do presidente Rodrigo Pacheco (PSD-MG), é aprovar o atalho no arcabouço fiscal para liberar R$15 bilhões.

 

 

Ombro amigo

 

A greve dos servidores públicos de várias categorias fragilizou a ministra da Gestão e da Inovação, Esther Dweck.  Elogiada no 1º ano do Governo por ter retomado o diálogo com os trabalhadores, ela virou o principal alvo dos sindicatos, apesar de o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ser o dono do cofre e ter declarado que vê “com naturalidade” as demandas das diferentes categorias de servidores públicos por reajuste salarial, mas “que há limites impostos”. Esther se segura no cargo, por ora, amparada e aconselhada pelo ministro Rui Costa (Casa Civil). Além de 48 universidades, 71 institutos federais (IFs) estão em greve. Servidores do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) estão de braços cruzados desde janeiro.

 

Boa vizinhança

Deu resultado a política de boa vizinhança com o Governo do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Ele foi alçado por governadores ao posto de articulador do projeto de renegociação das dívidas dos Estados. Pacheco cobra a equipe econômica para que o texto seja enviado ainda neste mês para o Congresso. Em tempo: o mineiro pretende disputar o Governo do Estado em 2026.

 

Pai do teto

Quem consulta o ex-presidente do Banco Central e ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles sobre os rumos da economia, ouve o que ele já alertava há um ano. O caminho, segundo ele, é o do corte de despesas já que as receitas são incertas. É uma crítica ao arcabouço fiscal que derrubou o teto de gastos, criado por ele.

 

Quaquá paz e amor

Vice-presidente nacional do PT, o deputado federal Washington Quaquá pregou a paz no grupo do partido para estancar a crise entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL): “O caminho correto é escalar alguém ou alguns para jogar água nessa fervura. Essa temperatura não faz bem a ninguém. Vamos buscar reconstruir a paz e a relação”.

 

Jovem eleitor

O TSE registrou, nos primeiros meses deste ano, mais de 417 mil solicitações da 1° via do título na faixa etária de 15 a 17 anos. Contudo, o TRE-DF ainda precisa potencializar as campanhas até o dia 8 de maio (prazo final para a emissão), visto que 40% dos jovens entre 15 e 24 ainda não fizeram o título de eleitor no Distrito Federal.

 

Taxa streaming

Aprovado pela Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, o PL 2.331/22 autoriza a cobrança da Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional (Condecine) para plataformas de streaming. Empresas com faturamento anual acima de R$ 96 milhões pagarão 3%. Já as plataformas com faturamento entre R$ 4,8 milhões e R$ 96 milhões recolherão 1,5%. O texto segue para a Câmara.

 

Dias contados

 

Dois dos três deputados sorteados no Conselho de Ética da Câmara para a relatoria do processo de cassação do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ) votaram pela permanência do parlamentar – acusado de ser um dos mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em março de 2018 – na cadeia. São eles: Gabriel Mota (Republicanos/RR), que não votou, e Bruno Ganem (PODE/SP) e Ricardo Ayres (Republicanos/TO) votaram sim. A próxima reunião do colegiado está agendada para amanhã e pode definir o relator do processo de Brazão, além de analisar pareceres de outros processos. Além deste processo, aberto a partir de representação do Psol, há outro pedido do Novo que também pede a cassação do parlamentar.

 

Tesourada

Criado pela ex-primeira dama Marcela Temer e “amadrinhado” pela sucessora, Michelle Bolsonaro, o programa Criança Feliz, vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Social, foi um dos mais atingidos pelos cortes no orçamento. O desfalque nas ações de estímulo ao desenvolvimento infantil será de mais de R$ 90 milhões. Pátria Voluntária, outro programa de Michelle, foi extinto.

 

Arremeteu, de novo

Enfrentando turbulência, o programa Voa Brasil, que prevê a venda de passagens aéreas mais baratas, teve de arremeter de novo. Dessa vez, por causa de agenda. Faltou acertar a data cerimônia. Estava marcada para amanhã, mas terá que ser adiada. O presidente Lula da Silva e delegação do Governo estarão na Colômbia.

 

Silvicultura

Presidente da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Mariana Lisbôa pediu ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aprovação do Projeto de Lei que exclui a silvicultura do rol de atividades potencialmente poluidoras. O texto já passou pela Comissão de Meio Ambiente e foi aprovado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Lira garantiu empenho para aprovar a proposta.

 

Termômetro

O badalado aniversário do presidente nacional do Republicanos e vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira, serviu de termômetro para o eventual apoio do Planalto à sua candidatura à sucessão de Arthur Lira (PP-AL). O evento foi realizado em uma mansão em Brasília e o deputado sorria ao ser chamado de “presidente” por convidados que ocupam a cúpula do Governo.

 

 

Proposta de redução de salários causa insatisfação na Eletrobras

 

A proposta da Eletrobras de reduzir em 12,5% o salário dos servidores que ganham até R$ 15,5 mil irritou o Governo federal – sócio não controlador mais -, e aumentou o clima de insatisfação na empresa, privatizada no final do Governo de Jair Bolsonaro. Os 10 diretores que sugeriram o corte de salários, com o pretexto de reduzir despesas, receberam o equivalente a R$ 663 mil por mês ao longo do ano passado. Para o Governo, a contradição entre as polpudas remunerações dos diretores e o arrocho no salário de 8 mil servidores é uma afronta à boa administração de uma empresa do tamanho da Eletrobras. A União detém 43% da empresa. Mas, com as regras criadas na privatização, só vota como se fosse dona de 10% das ações. Em ação no STF, o Governo pede para recuperar o poder de voto proporcional ao controle acionário, alterado na privatização.

 

Paz selada

O advogado Fernando Tibúrcio ajudou a selar paz entre o presidente do PSDB, Marconi Perillo, e o senador Jorge Kajuru, brigados há 20 anos. Há dias, Kajuru comentou que a ideia de chapa pura do PSB na disputa em São Paulo, com Tabata Amaral e Datena, não leva tempo de TV ao partido. Geraldo Alckmin e Carlos Siqueira foram alertados.

 

Fritura

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Leonor Noia Maciel, está na mira de “aliados” e adversários dentro do ministério. Ela agoniza no cargo e há quem cobre sua cabeça no Palácio. Enquanto mira cargo na OPAS, quem atende parlamentares são assessores e o chefe de gabinete Weslley da Silva, sem poder de mando.

 

Novelão no STJ

Ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) estão em polvorosa com oitivas e avanço da investigação de crime passional envolvendo duas autoridades. Uma bateu, outra apanhou bem. A PF vai às portas.

 

Dormindo com o inimigo? 

Amigos citam que Bolsonaro já está com ciúme da desenvoltura da esposa Michelle nos palanques dos atos do PL Mulher. Ele não confia nela como política. Acha que vai ser abandonado se ela se eleger.