
Heraldo Almeida

Piratuba: a Cantoria no Lago
Criada em 1980, a reserva biológica do Lago Piratuba, entre o mar e o mangue, está localizada no município de Cutias do Araguari. Uma área de 395 mil hectares de vida, mas tudo isso pode acabar se suas “maravidas”, doadas pela natureza, continuarem recebendo a ignorância humana. É isso, que o poeta Osmar Júnior chama a atenção em seu projeto musical. Vida.
Esse projeto, que canta a vida, é resultado de anos de estudos, idealizado pelo autor, que resultou em um registro de um DVD, CD e um livro(escrito pelo poeta, escritor e parceiro de Osmar Júnior, Fernando Canto), sobre sua visão desse cantador de vidas. A idéia de construir esse projeto veio de estórias e “causos” contados pelo pai e avô de Osmar, ele quando menino ouvia histórias fantásticas sobre aquele santuário de encanto e beleza, chamado Piratuba, lugar onde eles nasceram, cresceram e amaram o lugar, as aventuras de uma vila que um dia existiu no lugar. Depois de anos ouvindo as boas histórias daquele paraíso, o poeta prometeu: “Um dia ainda vou cantar aqui. A minha canção, uma flor desse lugar, essa gente, esse lago são riquezas que precisam ser respeitadas, preservadas e conservadas. Porque de lugares como o iratuba, dependem grande parte da vida no planeta. É isso que eu sou e é isso que eu canto”. Disse o poeta.
“Piratuba: A Cantoria no Lago” revela ao mundo em sons e imagens, a beleza da Reserva Biológica do Piratuba, tendo como cenário um local incessível à maioria das pessoas. O resultado do projeto encanta aos olhos e aos sentidos, e emociona pela exuberância do cenário(água, mangue, pássaros, sol, noite, lua e poesia). O poeta doa ao público, mostrando em canções e imagens, para imortalizar seus mais de 30 anos de carreira, o lugar onde nasceram seus ancestrais.
Piratuba: A Cantoria no Lago é a Saga de um Poeta-Cantador em sua Nave-Troco, que canta a vida de seu planeta Amapá, chamando a atenção do mundo para a vida de quem vive naquele paraíso natural, ameaçado de destruição.

Valorizando o que é nosso
Dois projetos, um do Raízes do Bolão e outro do Ciclo do Marabaixo foram habilitados junto ao Ministério da Cultura para acessar recursos. De acordo com a superintende do IPHAN no AP, Juliana Morilhas, o trabalho realizado há três anos tem sido de fortalecimento da cultura. “Nós buscamos parceiros para colaborar na valorização e sustentabilidade dessas tradições”, explicou.
No mês de agosto, o mandato do senador em parceira com o IPHAN promoveu uma oficina de elaboração projetos. A ideia era capacitar os movimentos para acessar os editais do Ministério da Cultura, como os editais de Pontos de Mídia Livre e de Cultura de Redes, que estavam abertos no período.
O edital de Cultura de Redes é destinado a entidades e a coletivos culturais, certificados ou não como Pontos de Cultura, e irá fomentar redes culturais brasileiras locais, com investimentos de mais de R$ 5 milhões. Serão 40 prêmios de R$ 50 mil para projetos de abrangência local, 10 de R$ 100 mil para projetos de abrangência regional e 10 de R$ 200 mil para iniciativas com escopo nacional. (Texto: Carla Ferreira).

Espetacular
Músico, compositor, cantor e produtor Finéias Nelluty está de parabéns pela realização do 7º Amapá Jazz Festival, ocorrido no final de semana (Complexo do Araxá).
Músicos amapaenses provaram competência e profissionalismo na arte de tocar. Merecido destaque e registro da coluna. Parabéns.

Projeto MPA
Na sexta, 30, tem show do cantor e compositor Paulinho Bastos no Projeto MPA (Música Popular Amapaense). Choperia Chopp Center, a partir das 9 da noite.
Convidados: Patricia Bastos, Enrico Di Miceli, Paulo de Tarso, Joãozinho Gomes, Oneide Bastos e Tiago Quingosta (poesia).
Av: Presidente Vargas, entre as ruas Hamilton Silva e Manoel Eudóxio – Centro. Informações: 99178-6714.

Pavulagem
Em Macapá o grupo musical paraense vem realizar o show “Céu da Camboinha”. No Projeto Botequim (Sesc Araxá), às 7 da noite. Entrada Franca.

Dia Internacional da Música
Se pararmos para perceber os sons que estão a nossa volta, concluiremos que a música é parte integrante da nossa vida, uma linguagem de comunicação universal capaz de mudar o estado de humor, de reconduzir o espírito aos sentimentos mais sublimes.
A música sempre existiu como produção cultural, desde que o ser humano começou a se organizar em tribos primitivas pela África, como parte integrante do cotidiano das pessoas.
No dia 01 de outubro celebra-se o Dia Internacional da Música, instituído, em 1975, pelo International Music Council, organização não governamental fundada com o apoio da UNESCO, com o objetivo de promover valores de paz e amizade por intermédio da música, levando-a a todos os setores da sociedade.
Atualmente, após décadas passadas, a data continua a ser celebrada em todo o planeta com diversas iniciativas que visam divulgar e homenagear essa arte que penetra o mais fundo da essência humana. (Jessyca Moreira Borba – graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Goiás).

“Curupira Club” reúne quatro artistas do meio do mundo
Enrico Di Miceli, Osmar Júnior, Val Milhomem e Zé Miguel, artistas apaixonados pela vida musical e pela causa do povo que habita as terras amapaenses. Sempre defenderam suas origens, através de cada canção que nasce de um simples gesto, de um olhar diferente, de amar o que existe dentro de cada cidadão comum no projeto de Deus.
Todos eles, com mais de 30 anos de carreira, escolheram o seu povo para defender em suas poesias musicais. Já são muitas andanças pelo Brasil e exterior, levando na bagagem a voz, ritmo, estilos e linguagens com temática amazônica.
Osmar Júnior, Val Milhomem e Zé Miguel são amapaenses com muitos projetos coletivos e solos, registrados em discos, e Enrico Di Miceli, paraense, reside em Macapá há mais de 30 anos, onde fincou o seu coração de compositor cantador, também com inúmeras composições em parceria e individual registradas em discos. Todos com um único objetivo, que é valorizar e expandir para o mundo o que existe de mais belo na Amazônia, através da música, aquilo o que nem todos conseguem enxergar. A riqueza artística cultural de um lugar e de um povo.
O espetáculo musical “Curupira Club” é um coletivo formado pelos quatro compositores amazônicos do estado do Amapá, com notório conhecimento no cenário musical amapaense, repertório totalmente autoral, e com gêneros musicais representativos do Amapá e de toda a região amazônica. Além dos cantadores Enrico Di Miceli, Val Milhomem, Zé Miguel e Osmar Júnior, compõem o projeto os músicos Alan Gomes (direção musical e baixo); Fabinho Costa (guitarra e violão); Jeffrei Redig (teclado) e Hian Moreira (percuteria).
Curupira é uma figura do folclore brasileiro, uma entidade das matas, o guardião da fauna e da flora. Inspirado nesse simbolismo, surgiu o espetáculo com essa denominação. Uma vez que os compositores enveredam suas obras por questões ambientais e proteção da cultura popular, proporcionando uma grande festa na floresta amazônica.

Projeto Botequim
O Sesc/AP anunciou que esse tradicional Projeto vai sofrer mudança. Passará a acontecer somente nas duas primeiras semanas de cada mês.

Trilogia
Dias 3 e 4/10, no Teatro Margarida Schivasappa, em Belém (PA). Esse é um projeto fantástico em defesa das coisas da Amazônia, através da música, principalmente do Pará.