Heraldo Almeida
Carimbó: ritmo musical do Pará
O Carimbó é considerado um gênero musical de origem indígena, porém, como diversas outras manifestações culturais brasileiras, miscigenou-se recebendo outras influências, principalmente negra. Seu nome, em língua tupi, refere-se ao tambor com o qual se marca o ritmo, o curimbó. Surgida em torno de Belém (PA), na zona do Salgado (Marapanim, Curuçá, Algodoal) e na Ilha de Marajó, passou de uma dança tradicional para um ritmo moderno, influenciando a lambada e o zouk.
O município de Marapanim é considerado “A Terra do Carimbó”. Na sede do município e em outras localidades existem dezenas de conjuntos (grupos) de Carimbó, tais como: Flor da Cidade, Uirapuru, Raízes, Os Brasas de Marapanim, entre outros. O maior compositor de carimbó de todos os tempos foi um Marapaniense, mestre Lucindo Rabelo da Costa, nascido às margens do Rio Cajutuba. De rara beleza poética, as canções compostas por Mestre Lucindo falavam de mar, lua, sol, mulher, saudade, pescaria, pássaros, afim, de todas essas coisas que fazem parte do cotidiano do paraense nascido e criado na região do Salgado.
Em algumas regiões próximas às cidades de Marapanim e Curuçá, o gênero se solidificou, ganhando o nome que tem hoje. Maranhãozinho, no município de Marapanim; e Araquaim, em Curuçá, são dois dos sítios que reivindicam hoje a paternidade do gênero, sendo o primeiro o mais provável deles. Em Marapanim, na região do Salgado, nordeste paraense, o gênero é bastante cultivado, acontecendo anualmente o “Festival de Carimbó de Marapanim — O Canto Mágico da Amazônia”, no mês de novembro.
Na forma tradicional, é acompanhada por tambores feitos com troncos de árvores. Aos tambores se dá o nome de “curimbó”, bem parecido com o nome do próprio ritmo, uma corruptela da palavra carimbó. Costumam estar presentes também os maracás.
A formação instrumental original do carimbó era composta por dois curimbós: um alto e outro baixo, em referência aos timbres (agudo e grave) dos instrumentos; uma flauta de madeira (geralmente de ébano ou acapú, aparentadas ao pife do nordeste), maracás e uma viola cabocla de quatro cordas, posteriormente substituída pelo banjo artesanal, feito com madeira, cordas de náilon e couro de veado. Hoje o instrumental incorpora outros instrumentos de sopro, como flautas, clarinetes e saxofones.
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O sol brilha forte no horizonte
No fim do Brasil
E clareia nossa condição
Nossa miscigenação.
Osmar Júnior
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Mulheres Negras
Sexta (30) vai acontecer o Seminário Mulheres negra: Resgate, Resistência e Soberania. No auditório do Ministério Público do Amapá, Complexo Marlindo Serrano – Araxá, às 8h30.
Agenda
Tem show de Mayara Braga na 53ª Expofeira do Amapá (Fazendinha), no palco Miniteatro Caboco, às 22h. Tá cheio de artistas amapaenses na programação.
Teatro
A 8ª edição do Festival Curta Teatro iniciou, nessa terça (27), e encerra no dia 1º de setembro, no anfiteatro do Centro de Cultura Negra – Laguinho. A realização é da Cia Ói Nóiz Aqui e com produção da Central de Produção Colaborativa.
Ingressos
Liesa (RJ) iniciou, nessa terça (27), a venda de ingressos (arquibancadas e cadeiras) para os desfiles das escolas de samba do grupo especial, na Sapucaí.
Música popular
É qualquer gênero musical acessível ao público em geral. Distingue-se da música folclórica por ser escrita e comercializada como uma comodidade, sendo a evolução natural da música folclórica, que seria a música de um povo transmitida ao longo das gerações.
Piracema
É um fenômeno que ocorre com diversas espécies de peixes ao redor do mundo. A palavra vem do tupi e significa “subida do peixe”. O processo recebe esse nome porque, todos os anos, eles nadam rio acima para realizar a desova.
Poesia
É um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras.
No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que inspira, encanta e que é sublime e bela.
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Piratuba a Cantoria no Lago
Criada em 1980, a reserva biológica do Lago Piratuba, entre o mar e o mangue, está localizada no município de Cutias do Araguari. Uma área de 395 mil hectares de vida, mas tudo isso pode acabar se suas “maravidas”, doadas pela natureza, continuarem recebendo a ignorância humana. É isso, que o poeta Osmar Júnior chama a atenção em seu projeto musical. Vida.
Esse projeto, que canta a vida, é resultado de anos de estudos, idealizado pelo autor, que resultou em um registro de um DVD, CD e um livro (escrito pelo poeta, escritor e parceiro de Osmar Júnior, Fernando Canto), sobre sua visão desse cantador de vidas. A idéia de construir esse projeto veio de estórias e “causos” contados pelo pai e avô de Osmar, ele quando menino ouvia histórias fantásticas sobre aquele santuário de encanto e beleza, chamado Piratuba, lugar onde eles nasceram, cresceram e amaram o lugar, as aventuras de uma vila que um dia existiu no lugar. Depois de anos ouvindo as boas histórias daquele paraíso, o poeta prometeu: “Um dia ainda vou cantar aqui. A minha canção, uma flor desse lugar, essa gente, esse lago são riquezas que precisam ser respeitadas, preservadas e conservadas. Porque de lugares como o iratuba, dependem grande parte da vida no planeta. É isso que eu sou e é isso que eu canto”. Disse o poeta.
“Piratuba: A Cantoria no Lago” revela ao mundo em sons e imagens, a beleza da Reserva Biológica do Piratuba, tendo como cenário um local incessível à maioria das pessoas. O resultado do projeto encanta aos olhos e aos sentidos, e emociona pela exuberância do cenário(água, mangue, pássaros, sol, noite, lua e poesia). O poeta doa ao público, mostrando em canções e imagens, para imortalizar seus mais de 30 anos de carreira, o lugar onde nasceram seus ancestrais.
Piratuba: A Cantoria no Lago é a Saga de um Poeta-Cantador em sua Nave-Troco, que canta a vida de seu planeta Amapá, chamando a atenção do mundo para a vida de quem vive naquele paraíso natural, ameaçado de destruição.
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Sim, eu tenho a cara do Saci
O sabor do tucumã
Tenho as asas do Curió
E namoro cunhantã
Nilson Chaves
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Festivais
Escolas de samba do Rio de Janeiro estão realizando seus festivais para escolher os sambas que vão pra Sapucaí no carnaval 2025. É o mercado do carnaval movimentando o Brasil.
Ensaios
Escolas de samba de Macapá e Santana já iniciando seus ensaios de bateria para o carnaval de 2025. Além dos profissionais contratados, confecção de fantasias e alegorias, também já começaram.
Cidade sagrada
Vila de Mazagão Velho, no município de Mazagão, é conhecida como a cidade sagrada, por ser o colo que recebeu a cultura da mãe África, e fez correr para todo o Amapá.
‘Flor Morena’
Cantora e compositora carioca, Aline Calixto divulga mais uma música do DVD de seus 10 anos de carreira.
A música ‘Flor Morena’ é um presente de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho para a cantora. Confira em todas as plataformas digitais.
Canta Brasil
Programa Canta Brasil (Diário FM 90,9) deste domingo (13), vai homenagear a consagrada cantora Rita Lee, que nos deixou no início da semana. A partir das 14h. Sintonize.
Aquário das Marés
Título da música de Osmar Júnior em parceria com o poeta, Ademir Pedrosa, que participou do 1º Festival de música realizado pela Assembleia Legislativa, em 2011. A obra foi gravada por Brenda Zeni.
Literatura
Revista Literária e Editora O Zezeum anunciam lançamento da Antologia Poética Muruwakã – Poetas do Amapá. Coletânea que reúne o talento e a diversidade dos poetas amapaenses.
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Festival Curta Teatro – Desenvolvendo das Artes Cênicas no Amapá
O Festival Curta Teatro, celebra sua 8ª edição de 27 de agosto a 1 de setembro de 2024. O festival se consolida como uma vitrine para a evolução das artes cênicas no estado, mostrando como pequenas ideias podem se transformar em grandes espetáculos.
A edição de 2024 mantém a inovadora abordagem não competitiva, introduzida nos anos anteriores. Até 2022, o festival premiava apenas o melhor processo ou experimento cênico.
No entanto, o novo formato amplia o apoio a 15 grupos teatrais selecionados, focando no desenvolvimento das artes cênicas desde as fases iniciais, promovendo a produção, difusão e consumo desses trabalhos.
Essa mudança beneficia diretamente a cena local e seus agentes, ao estimular a avaliação crítica e a troca de experiências entre os artistas e o público participante.
O VIII Festival Curta Teatro realizado pela Cia Ói Nóiz Aqui e com produção da CPC – Central de Produção Colaborativa, apresentará uma rica programação no Anfiteatro da União dos Negros do Amapá (UNA) localizado no bairro do Laguinho, o evento contará ainda com mostras de processos e experimentos cênicos, atividades formativas, intercâmbios culturais e a apresentação do espetáculo nacional “Espiral brinquedo meu” de Helder Vasconcelos diretamente de Pernambuco e espetáculo “Super Tosco”, do Grupo Rosa dos Ventos, de Presidente Prudente/SP. (Jomar Magalhães – (96)984320840 – Fonte: Blog de Rocha).
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Quando eu te vi chegando, monera
Tão bonito que era
Eu vi o sol e a lua trazendo
As cores da primavera
Nilson Chaves
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Jurados
Liesap está com Edital aberto para seleção de jurados para o desfile das escolas de samba do carnaval de 2025. O prazo encerra no dia 30 de agosto. Mais informações no Instagram @liesapoficial.
Barracão
Algumas escolas de samba já estão trabalhando em seus barracões na Cidade do Samba. Assim não fica aquele tradicional corre pra cima da hora.
Seleção
Saiu a lista preliminar com os nomes dos artistas e apresentadores para a 53ª Expofeira do Amapá. Confira no site www.agenciaamapa.com.br.
Teatro
O Festival Curta Teatro está agendado para acontecer de 27 de agosto a 1 de setembro, no Centro de Cultura Negra – Laguinho. A realização é da Cia. Ói Nóiz Aqui. É uma vitrine para a evolução das artes cênicas no estado, mostrando como pequenas ideias podem se transformar em grandes espetáculos.
Atrações
Serão 15 atrações nacionais na 53ª Expofeira do Amapá, que vai acontecer de 29 de agosto a 8 de setembro, no Parque de Exposições em Fazendinha: Atrações: Bruno e Marrone – 29 de agosto (quinta-feira); Super Pop Live – 30 de agosto (sexta-feira); Wesley Safadão – 31 de agosto (sábado ); Pabllo Vittar – 1º de setembro (domingo); Dubdogz – 1º de setembro (domingo); Som e louvor – 2 de setembro (segunda-feira); Eyshila – 2 de setembro (segunda-feira); Péricles – 3 de setembro (terça-feira); Dilsinho – 3 de setembro (terça-feira); Luan Santana – 4 de setembro (quarta-feira); Dunga – 5 de setembro (quinta-feira); Banda magníficos – 6 de setembro (sexta-feira); Gustavo Mioto – 6 de setembro (sexta-feira); Natthanzinho – 7 de setembro (sábado); Letícia Auolly – 8 de setembro (domingo).
A pele Que Se Lê
Título da nova música de Rambolde Campos em parceria com Zé Miguel, também, com projeto para virar vídeo clipe.
“Se quiser me chamar de preto, tudo bem, preto eu sou. Mas se quiser chamar por mim, chame de gente, gente eu sou…”.
Decoração
Quem visita o Mercado Central, em Macapá, se delicia com as belas obras do artista plástico amapaense, Ralfe Braga, decorando o ambiente. Com o nosso jeito de ser.
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Simpósio Amazônia Criativa e Sustentável no Amapá
Acontece nos dias 22 e 23 de agosto na sede do Centro de Cultura Negra do Amapá – CCNA, o 1º Simpósio ‘Amazônia Criativa e Sustentável’, uma iniciativa que surge como uma estratégia inovadora para debater e propor a integração efetiva da preservação ambiental com o desenvolvimento econômico e a valorização da cultura na Amazônia. A inciativa é do Instituto Amazônia Criativa em parceria com Duas Telas Produtora Cultural, Baluarte Cultural, Rede Amazônica e a Prefeitura Municipal de Macapá, através de sua Fundação Municipal de Cultura. O Simpósio visa iniciar uma jornada para transformar Macapá em uma referência de cidade criativa e sustentável.
A programação busca destacar a potência dos bens e produtos culturais junto com relevância da biodiversidade da região amazônica no cenário global, especialmente diante da COP 30, prevista para 2025 em Belém (PA), e propõe uma série de palestras e debates sobre dois eixos principais: 1) Empreendedorismo e protagonismo criativo; 2) Desafios para uma cidade criativa e sustentável.
A atividade inclui uma vasta programação com painéis de discussão e atividades culturais que envolvem diversos setores da sociedade, promovendo o networking e a troca de experiências. Sendo uma oportunidade para discutir soluções inovadoras e construir um futuro sustentável tendo os territórios criativos da Amazônia como modelo para mundo.
Este será só o primeiro Simpósio da Amazônia Criativa e Sustentável, que pretende fazer uma série de encontros com o instituto de debater sobre o protagonismo através da criatividade, mas também pensando e casando arte e cultura com a sustentabilidade. “Nós queremos com esses encontros debater tema como economia da cultura, racismo ambiental, crise social, emergência climática, a partir dos territórios criativos”, destaca a Diretora e Produtora do Simpósio Amazônia Criativa e Sustentável, Susanne Farias.
O evento conta com as parcerias da Fundação Municipal de Cultura, FECOMÉRCIO, Rede Amazônica e União dos Negros do Amapá – UNA.
Programação:
22/08 – Quinta-feira
Cerimônia de Abertura – 14h
Eixo – Empreendedorismo e Protagonismo Criativo
Painéis:
– Painel 1: Amazônia Criativa e Protagonista –
Horário: 16h às 17h
– Painel: Jeito Tucuju
Macapá + COP30 – Ponteciais para Hub Turístico e Cultural
Horário: 17h15 às 18h15
Shows Musicais e Feira de Cultura Criativa – 18h às 22h
– Poetas Azuis, Pinducos, Grupo Marabaixo, Grupo de Toada, Zé Miguel, Manoel Cordeiro.
23/08 – Sexta-feira
Eixo – Desafios para uma cidade criativa e sustentável
– Painel 1: Tecnologias Ancestrais e Inovação
Horário: 9:00 às 10:00
– Painel 2: Arte como instrumento de resistência territorial
Horário: 10:15 às 11:15
– Painel 3: COP 30 – Futuro Sustentável em Territórios Criativos
Horário: 15:00 às 16:00
– Painel 4: Racismo Ambiental e a Crise Social
Horário: 16:30 às 17:30
Show Musical e Feira de Cultura Criativa – 17h às 22h
Luxuosos Corações, Jhimmy Feiches, CRGV, Patrícia Bastos, Felipe Cordeiro. (Texto: Tiago Soeiro).
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Inaugurado
Governo do estado reinaugurou, nessa terça (20), a escola de artes visuais Cândido Portinari. O novo espaço volta totalmente moderno e elegante para os braços dos artistas amapaenses. Parabéns.
Amazônia Criativa
Dias 22 e 23 de agosto está agendado para acontecer o 1º Simpósio ‘Amazônia Criativa e Sustentável’, no Centro de Cultura Negra – Laguinho. O evento vai debater e propor a integração efetiva da preservação ambiental com o desenvolvimento econômico e a valorização da cultura na Amazônia.
A iniciativa é do Instituto Amazônia Criativa em parceria com Duas Telas Produtora Cultural, Baluarte Cultural, Rede Amazônica e a Prefeitura Municipal de Macapá, através de sua Fundação Municipal de Cultura.
Samba
Império Solidariedade vai realizar seu Festival de Samba de Enredo para o carnaval 2025. As inscrições iniciam no dia 26 de agosto e o Festival está agendado para o dia 15 de setembro, na sede da escola (Av. Marcílio Dias – Jesus de Nazaré).
CEU
O ativista cultural Sabá Vampiro está sendo cotado pra retornar a gerenciar o CEU das Artes da Zona Norte da capital (Infraero 2). Quando esteve por lá fez uma boa administração.
Atração
Consagrado sambista brasileiro, Péricles, é uma das atrações musicais já anunciada pelo GEA para a Expofeira do Amapá 2024. Será um grande espetáculo.
Cinema
Inscrições abertas para a 19ª edição do Festival Imagem-Movimento (FIM), de audiovisual, para produções nacionais e internacionais. Este ano, a iniciativa está recebendo curtas-metragens até 15 minutos de duração, lançados a partir de janeiro de 2022.
O evento tradicionalmente acontece em dezembro, em Macapá. Para inscrever seus filmes, as pessoas interessadas devem ler o regulamento e preencher, gratuitamente, o formulário disponível no site www.festivalfim.com, até 30 de setembro.
Cidade sagrada
Vila de Mazagão Velho, no município de Mazagão, é conhecida como a cidade sagrada, por ser o colo que recebeu a cultura da mãe África, e fez correr para todo o Amapá.
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Bruno Muniz lança sua nova obra, “Poesia Para Vilarejos”, nesta sexta, 16
Nesta sexta-feira, 16, o poeta e escritor Bruno Muniz lançará um livro inédito, “Poesia para Vilarejos”, no Sesc Centro, a partir das 19h. Durante o lançamento do livro, que faz parte do Projeto Entre Artes, acontecerá um “vernissage” com a exposição dos quadros, confeccionados por dezenas de artistas plásticos amapaenses, que foram convidados a interpretar visualmente os poemas do livro, proporcionando uma experiência sensorial completa aos convidados.
As ilustrações são das mais diferentes vertentes das artes visuais: do grafite à serigrafia, óleo sobre tela, arte digital, aquarela, guache e cartum. O evento, que agrega poesia e artes visuais é gratuito e aberto ao público. O Projeto Entre Artes visa promover o aprimoramento do olhar humano por meio de práticas lúdicas-educativas e troca de experiências culturais.
Bruno Muniz conta que escreveu “Poesia para Vilarejos”, em três anos e diz como surgiu a ideia de fazer um livro inusitado, com a participação de mais de 40 ilustradores.
“Na época da pandemia, me isolei e comecei a ler vários poetas. No processo de leitura fui me inspirando e iniciei a escrita dos 45 poemas do livro. Quando os poemas estavam finalizados, veio a ideia de convidar um ilustrador para fazer uma ilustração de cada poema. Os artistas visuais tiveram total liberdade, desta forma, cada poema será visto por dois pontos de vista: o meu e do ilustrador. O vernissage é uma forma de agradecer e homenagear cada artista visual”, explicou Muniz. Bruno conta qual é a sensação ao publicar seu quarto livro e o que espera do dia do lançamento.
“Estou feliz, realizado, gostei muito de mesclar a arte da literatura com a arte visual. Espero que os poemas e os quadros emocionem os convidados, tanto quanto me emocionam. Essa ideia inusitada deu certo. Na sexta-feira, vamos nos reunir para nos confraternizarmos e comemorarmos. Juntos vamos admirar uma exposição eclética e bonita”, destacou o poeta. Bruno Muniz lembra ainda, que o livro “Depois vá ver o Mar”, não teve lançamento, pois ficou pronto em meio a pandemia do Covid.
“Estou com saudade de lançar um livro, quero receber cada leitor com braços abertos e conversar. Já faz muitos anos que eu não faço um lançamento de livro presencial, então estou ansioso. Quero mostrar a exposição, apresentar os artistas visuais, agradecer a visita e o carinho”, finalizou Bruno. (Assessora de imprensa – Ana Anspach).
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O meu amor…
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
Chico Buarque
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Estilizados
Piratas Estilizados vai realizar o seu festival de samba de enredo, neste final de semana, pra escolher o samba que vai pra avenida em 2025. Enredo: Da Lenda de Iaça ao Sabor Açaí Que Conquistou o Mundo.
Maracatu
A verde e rosa Maracatu da Favela também vão escolher o seu samba de enredo. O festival acontece neste final de semana. Enredo: Amazonizar – O Olhar do Poeta Joãozinho Gomes em Verde e Rosa.
Reinauguração
Depois de longos anos, a Escola de Arte Cândido Portinari será reinaugurada. A nova casa é um prédio moderno e belo. O artista plástico Beto Peixe (filho do saudoso artista R. Peixe) deverá assumir a direção da escola.
Lançamento
Será nesta sexta (16) a noite de autógrafos do poeta, escritor e compositor, Bruno Muniz, no lançamento de seu novo livro, Poesia Para Vilarejo, às 19h, no Sesc Centro (esquina da Rua Tiradentes com a Av. Mendonça Júnior. Entrada gratuita.
Memórias
Dia 22 de agosto será o lançamento do livro, Já Dizia Minha Avô, da professora Miriam Corrêa, na sede de Boêmios do Laguinho, às 18h. Além de educadora, a autora sempre foi agente cultural e incentivadora das artes. Escritor e poeta, Fernando Canto disse: “Ela foi tocada pela iluminação equatorial e resolveu escrever suas memórias”.
Cinema
Inscrições abertas para a 19ª edição do Festival Imagem-Movimento (FIM), de audiovisual, para produções nacionais e internacionais. Este ano, a iniciativa está recebendo curtas-metragens até 15 minutos de duração, lançados a partir de janeiro de 2022.
O evento tradicionalmente acontece em dezembro, em Macapá. Para inscrever seus filmes, as pessoas interessadas devem ler o regulamento e preencher, gratuitamente, o formulário disponível no site www.festivalfim.com, até 30 de setembro.
Cidade sagrada
Vila de Mazagão Velho, no município de Mazagão, é conhecida como a cidade sagrada, por ser o colo que recebeu a cultura da mãe África, e fez correr para todo o Amapá.
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Contos de Anaul: “Errei Por Amor”
Viajei uma légua em busca da minha vida. Pois a que eu levava em casa com fartura na mesa, obediência, escola, solidão de mim, roupa nova, igreja, parentes sorrindo, comida e cama macia, essa não era minha. Era a que minha familia me oferecia. Eu queria a minha. Foi aí que resolvi abrir a janela e olhar na direção do sol.
Eu não conhecia o mundo lá de fora, mas tinha certeza que ele era diferente daquele que eu tinha e concordava. Gratidão a tudo, pois sempre fui bem acolhida e cuidada, mas faltava algo que eu não sabia dizer o que era, mas faltava.
Andei dois passos fora de casa e logo avistei uma rua de chão batido. Foi nela que pisei pela primeira vez com os pés descalços. Senti um alívio na alma e um sorriso da vida me chamando para seguir caminhando sem parar. Juro que pensei em olhar para trás, mas tinha medo de desistir. Levantei a cabeça e segui a voz do meu coração.
Caminhei dezesseis horas sem parar. Meus pés sentiram os primeiros calos da nova vida, mas isso não me impediu de seguir, jamais. Bebi um gole d’água pra molhar a sede e continuei a jornada.
Durante os passos, lembrava de tudo e de todos. Minha familia fez o que foi possível, mas eu queria encontrar a minha vida e construir a minha história. É assim. Todos passam por isso. Eu que nasci pra mim.
De repente olhei firme para o sol e vi suas lágrimas de felicidade por me ver caminhando sozinha em busca de um mundo que somente ele testemunha aqueles que conseguem passar por ele com vida. Isso foi um novo ar que eu precisava respirar. A mão de quem vive no alto e de lá protege. Sua luz me guiou e me fez enxergar um amor que jamais tinha conhecimento de sua existência. O amor da vida.
Voltei pra casa feliz, com um novo sorriso. Fui indagado por ter saído sozinha. “Isso está errado”, disse o meu passado. Falei em voz alta: “Errei por amor”.
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O meu amor…
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
(Chico Buarque)
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Poesia
Poeta Bruno Muniz vai lançar seu novo livro, Poesia Para Vilarejo, no Sesc Centro, na sexta (16), 19h. Esquina da Rua Tiradentes com a Av. Mendonça Júnior.
Aquário das Marés
Título da música de Osmar Júnior em Parceria com o poeta, Ademir Pedrosa. A obra foi gravada por Brenda Zeni.
Literatura
Revista Literária e Editora O Zezeum anunciam lançamento da Antologia Poética Muruwakã – Poetas do Amapá. Coletânea que reúne o talento e a diversidade dos poetas amapaenses.
Conselheiros
Conselheiros de cultura do Amapá já empossados pelo governo do estado, semana passada. Mãos à obra.
Cidade sagrada
Vila de Mazagão Velho, no município de Mazagão, é conhecida como a cidade sagrada, por ser o colo que recebeu a cultura da mãe África, e fez correr para todo o Amapá.
‘Flor Morena’
Cantora e compositora carioca, Aline Calixto divulga mais uma música do DVD de seus 10 anos de carreira.
A música ‘Flor Morena’ é um presente de Arlindo Cruz e Zeca Pagodinho para a cantora. Confira em todas as plataformas digitais.
Canta Brasil
Programa Canta Brasil (Diário FM 90,9) deste domingo (13), vai homenagear a consagrada cantora Rita Lee, que nos deixou no início da semana. A partir das 14h. Sintonize.
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Mestre Vieira: o criador da Guitarrada
A Guitarrada é um gênero musical paraense instrumental surgido da fusão do choro com carimbó, cúmbia e jovem guarda, entre outros. É também chamado de lambada instrumental. O seu criador é o Mestre Vieira. Neste estilo a guitarra elétrica é solista. Os principais representantes da atualidade são os grupos: Mestres da Guitarrada, Cravo Carbono e La pupuña.
Joaquim de Lima Vieira, o Mestre Vieira, nasceu em 29/10 de 1934, é um músico brasileiro, tem 20 discos solo gravados. A música “Lambada Jamaicana” (lançada em 82, vinil “Melô da Cabra”) é seu maior sucesso. Desde 2003 integra também o grupo Mestres da Guitarrada, tendo 2 cds lançados: Mestres da Guitarrada (2004, selo Funtelpa) e Música Magneta (2008, Selo Candeeiro Records). Em 2008 recebeu do Ministério da Cultura a medalha de Ordem ao Mérito Cultural pelo seu relevante serviço prestado à cultura brasileira.
É um gênero musical único no mundo. Criado por Mestre Vieira, natural de Barcarena, o ritmo musical surgiu em Belém (PA), a guitarra faz sempre o solo em ritmos como cúmbia, carimbó e merengue. A guitarrada tem como marco o lançamento do disco “Lambadas das Quebradas” (1978). A inovação do disco foi apresentar temas instrumentais para guitarra, sempre valorizando os ritmos amazônicos e caribenhos. Mestre Vieira, tem seu trabalho fortemente influenciado pelo choro e revelou-se virtuose ainda criança. Depois de ter tocado bandolim, banjo, cavaquinho, violão e instrumentos de sopro, ele só teve contato com a guitarra elétrica na década de 70.
Mestre Curica, também está ligado à tradição musical paraense. Ao lado de Verequete e Pinduca, é um dos importantes artistas que tocam carimbó. Ele foi o principal arranjador dos discos de Verequete e participou do primeiro registro de carimbó em disco, no ano de 1971. Curica também fabrica seus instrumentos e é considerado um dos responsáveis pela popular utilização do banjo nos arranjos de carimbó.
Aldo Sena, conta que se apaixonou pela guitarrada quando ouviu o disco “Lambadas das Quebradas”, de Mestre Vieira. No mesmo ano, Aldo Sena já estava apresentando ao público o seu trabalho autoral, feito com a banda “O Popular de Igarapé Mirim”.
Mestre Vieira morreu, aos 83 anos, vítima de câncer, no dia 2 de fevereiro de 2018, em Barcarena, região metropolitana de Belém.
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Su devota dé São José
Lá da bêra du rio-mar
Onde Cristo lavú os pé
Quando veio mé batizá
Dante Ozzetti/Joãozinho Gomes
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Show
Nesta sexta (9) é o segundo show do cantor e compositor francês, Aymeric e banda, no restaurante 313 (Av. Iracema C. Nunes entre as Ruas Tiradentes e Gal. Rondon – Centro). Reserva de mesas 96 99108-0070.
Edital
Governo do estado lançou Edital para a seleção de atrações artísticas e culturais locais, para a Expofeira do Amapá, que será de 29 de agosto a 8 de setembro, no Parque de Exposições da Fazendinha, em Macapá.
As inscrições para as 512 vagas iniciaram, nessa quinta (8), a partir das 14h, e seguem até a próxima segunda (12), exclusivamente pela internet.
Agenda
Nesta sexta (9) tem show de Amadeu Cavalcante no projeto Tenda Cultural do restaurante Rod’s Bar, complexo Marlindo Serrano (Araxá), às 21h.
Na telinha
Cantor e compositor amapaense, Osmar Júnior está fazendo propaganda na TV, anunciando uma marca de um veículo, com música de sua autoria como base. Isso é valorização.
Na Expo
Artistas amapaenses estão se inscrevendo no Edital para se apresentarem nos palcos da Expofeira do Amapá 2024, marcada para acontecer de 29 de agosto a 8 de setembro.
“Último Chá”
Título da música de Paulinho Bastos gravada em seu 1º disco (CD), “Batuqueiros”, com participação especial do cantor e compositor, Nico Cadena, sobrinho do artista. Uma bela canção.
“Ilhas Que Bailam”
Título de uma das músicas de Osmar Júnior e Fernando Canto, que está no disco “Piratuba a Cantoria no Lago”, de Osmar Júnior,gravada também, por Cléverson Baía em seu novo álbum, O Homem Livre. Bela música.
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Jorge Amado e o seu “Cemitério” Particular
Poesia é um gênero literário caracterizado pela composição em versos estruturados de forma harmoniosa. É uma manifestação de beleza e estética retratada pelo poeta em forma de palavras. No sentido figurado, poesia é tudo aquilo que comove, que sensibiliza e desperta sentimentos. É qualquer forma de arte que inspira, encanta e que é sublime e bela.
O escritor e poeta brasileiro, Jorge Amado, nos presenteou com muitas escritas como esse “Cemitério”. Guarde-o pra você.
“Tenho horror a hospitais, os frios corredores, as salas de espera, ante-salas da morte, mais ainda a cemitérios onde as flores perdem o viço, não há flor bonita em campo santo. Possuo, no entanto, um cemitério meu, pessoal, eu o construí e inaugurei há alguns anos quando a vida me amadureceu o sentimento. Nele enterro aqueles que matei, ou seja, aqueles que para mim deixaram de existir, morreram: os que um dia tiveram a minha estima e perderam.
Quando um tipo vai além de todas as medidas e de fato me ofende, já com ele não me aborreço, não fico enojado ou furioso, não brigo, não corto relações, não lhe nego o cumprimento. Enterro-o na vala comum de meu cemitério – nele não existe jazigo de família, túmulos individuais, os mortos jazem em cova rasa, na promiscuidade da salafrarice, do mau caráter. Para mim o fulano morreu, foi enterrado, faça o que faça já não pode me magoar.
Raros enterros – ainda bem! – de um pérfido, de um perjuro, de um desleal, de alguém que faltou à amizade, traiu o amor, foi por demais interesseiro, falso, hipócrita, arrogante – a impostura e a presunção me ofendem fácil. No pequeno e feio cemitério, sem flores, sem lágrimas, sem um pingo de saudade, apodrecem uns tantos sujeitos, umas poucas mulheres, uns e outras varri da memória, retirei da vida.
Encontro na rua um desses fantasmas, paro a conversar, escuto, correspondo às frases, às saudações, aos elogios, aceito o abraço, o beijo fraterno de Judas. “Sigo adiante e o tipo pensa que mais uma vez me enganou, mal sabe ele que está morto e enterrado”.
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O meu amor…
Tem um jeito manso que é só seu
E que me deixa louca
Quando me beija a boca
(Chico Buarque)
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Homenagem
Poetinha Osmar Júnior faz homenagem ao consagrado cantor e compositor brasileiro (falecido), Paulo Diniz, na sexta (9).
O show vai acontecer no Farofa Tropical, esquina da Rua São José com Av. José Siqueira – Laguinho, às 21h. Reserva de mesa pelo telefone 96 98137-3130.
Qualidade
Intérprete oficial de Piratas da Batucada, Fábio Moreno tem uma qualidade técnica vocal no cantar, que impressionante e agrada os ouvidos de quem tem bom gosto musical. Além de uma simplicidade e humildade que lhe é peculiar. É “um cara gente boa”.
‘Maninha do Céu’
Título da música de Paulinho Bastos que faz parte do repertório do álbum Voz da Taba, de Patrícia Bastos. Disco disponível nas plataformas digitais.
Esquecimento
Muitas músicas brasileiras, consideradas clássicas, estão no esquecimento pela nova geração, dando lugar para o modismo. Letra e melodia espetaculares. Lamentável.
Inédita
Nova música (inédita) da banda The Beatles, composta por John Lennon há 40 anos. A obra foi recuperada e gravada. Está disponível nas plataformas digitais.
Canta Brasil
Programa Canta Brasil (Diário FM 90,9) deste domingo (13), vai homenagear a consagrada cantora Rita Lee, que nos deixou no início da semana. A partir das 14h. Sintonize.
‘Tarumã das Estrelas’
Título de uma bela obra musical assinada pelo poetinha, Osmar Júnior, gravada por Amadeu Cavalcante e cantada em vários festivais pelo Brasil. “Ei madame, ei maninha, o meu tarumã foi pras estrelas, podendo vê-las lá do espaço sideral…”.
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O sabor da música tucuju
São muitos os estilos e sabores das composições musicais, produzidas no Amapá, que retratam em seus sons e ritmos o que de mais belo existe nesse estado ao norte do Brasil, que faz fronteira com a Guiana Francesa e às margens do maior rio do mundo, o Amazonas. Mas a temática é a mesma: as coisas do Amapá.
A linguagem da musicalidade tucuju, nas letras e melodias, são características verdadeiras de quem vive em um lugar com riquezas regionais espetaculares e verdadeiras, no meio da floresta amazônica e com uma matéria-prima abundante e satisfatória.
O sabor das canções que cantam as coisas existentes no Amapá é degustado e aprovado pelos maiores e mais exigentes críticos da música brasileira, que já ouviram a beleza do cancioneiro tucuju. Produtores, músicos, compositores letristas, cantores e diretores brasileiros (de bom gosto) já provaram desse tempero musical regional, de um povo privilegiado que tem o seu lugar destacado em belas canções.
Os rios, povo, costumes, tradição, cultura, floresta e lugares existentes no Amapá, são exaltados com sensibilidade por quem olha para cada peculiaridade e vê o que há de mais valor na alma e no coração do povo que mora nesse caldeirão cultural. Cada uma das pessoas é parte fundamental desse belo e natural cenário cultural amazônico.
Temperar as canções amapaenses com boa letra, melodia, ritmo forte, poesia, ouvir os sons das caixas de mar-a-baixo, batucar os tambores de um lugar e de um povo, é privilégio de poucos que conseguem provar do sabor do cancioneiro tucuju. Pra completar o cardápio, uma boa pitada da voz dos cantadores que fazem ecoar pelo mundo o som que o Amapá produz.
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Quando eu te vi chegando, monera
Tão bonito que era
Eu vi o sol e a lua trazendo
As cores da primavera
Nilson Chaves
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Exposição
Artista plástico amapaense, Beto Peixe está com a exposição De Pai Pra Filho, na galeria de arte da Defensoria Pública/AP, até 30 de agosto. São obras inéditas do autor e de seu pai, renomado artista R. Peixe. Prestigie.
‘Jeito Samba’
Título do disco do cantor e compositor amapaense, Carlos Pirú, que será lançado, dia 16 de agosto, em todas as plataformas digitais.
Valorização
As atletas olímpicas brasileiras, do Flamengo, que estão na Olimpíada de Paris, deveriam ser mais valorizadas financeiramente pelo clube. A ginasta Rebeca Andrade (a mais premiada), não ganha nem 20 mil por mês.
Expo Favela
A Expo Favela Innovation Amapá 2024, a maior feira de negócios de favelas do mundo, está com inscrições abertas para o público. Os interessados podem se inscrever através do site oficial (www.expofavela-ap.com) ou presencialmente na recepção do evento. A feira vai acontecer de 08 a 10 agosto, no Sebrae, em Macapá.
Marabaixo
A Associação Folclórica Marabaixo do Pavão, está completando 18 anos de criação. A instituição foi fundada pelo querido, saudoso, Mestre Pavão. Parabéns.
Reforma
Governo do estado e governo federal lançam, nesta terça (6), o início das obras de restauro da Fortaleza de Macapá. A etapa contempla revitalização, conservação e requalificação. A obra terá recurso do BNDES, no valor de 27,1 mil.
Posse
Governo do estado empossa novos conselheiros de cultura para o biênio 2024/2026, nesta terça (6), na Fortaleza de São José de Macapá, às 8h.
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Lambada de Serpente: a estranha música de Djavan
Um amigo riu quando eu disse que Djavan tem um estilo musical estranho e belíssimo. Mas é isso mesmo que penso. Ele diz coisas e canta em melodias inusitadas, cheias de beleza. Vejam só que expressão: “Lambada de serpente”. Penso que ninguém nunca disse isso antes.
Nosso imaginário se acostumou com o sentido brega, folclórico, que foi emprestado ao termo lambada. Logo pensamos naquelas músicas de ritmo quente, comuns em festas populares de um passado não muito distante.
Impulsionados pela curiosidade que Djavan nos causou, descobrimos que lambada significa “golpe aplicado com pau, chicote ou objeto flexível”, e no sentido figurado, “crítica severa; descompostura”. Claro que também significa “dança e música sensual e em ritmo rápido”, sentido com o qual estávamos acostumados.
“Nunca ninguém falou como este homem”. Assim disseram a respeito de Jesus Cristo. Poderíamos dizer algo semelhante à obra de Djavan: “Nunca ninguém cantou como este homem”.
Em uma de suas entrevistas na TV, o cantor se mostrou familiarizado e despreocupado com a aplicação do adjetivo “estranho” à sua obra. Diz ele: “Quando fui ser ouvido pela primeira vez, já houve essa polêmica. “Você tem algum talento, mas a música que você faz é muito estranha. Não se sabe onde está a primeira parte, é complicado, você tem que mudar isso, fazer uma coisa mais acessível para facilitar sua própria vida”. Tinham razão os que falavam assim, mas outros também disseram: Não, essa coisa estranha é o seu trunfo, não mexa nisso. Você vai sofrer mais, vai ter mais problemas, mas vá em cima disso”.
A estranheza se dá, obviamente, pelo fato de estarmos a ouvir algo que nos parece inédito. Também, por estarmos a ver uma coisa que, à primeira leitura-escrita, não nos penetra o entendimento. Quando nos pomos a tentar acompanhá-lo, sentimo-nos como se nos expressássemos num outro idioma. Sentimo-nos papagaios repetindo o que alguém disse. Todavia, aquilo que só entendemos a custo, nos soa belíssimo e extremamente poético. Por ser poético, compreendemos, trata-se de algo indizível. Temos que nos contentar com o pouco que conseguimos ver, mas que nos faz tanto bem.
“Cuidá dum pé de milho que demora na semente – meu pai disse: meu filho, noite fria, tempo quente. Lambada de Serpente, a traição me enfeitiçou – quem tem amor ausente já viveu a minha dor. No chão da minha terra um lamento de corrente – um grão de pé de guerra pra colher dente por dente”. (www.apoesc.blogspot.com.br).
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Lá no Araguari
Há uma estrada pra lua
Onde a minha vida
Sentou e seguiu
Osmar Júnior
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Agosto
Chegou o mês de agosto, o oitavo do ano do calendário gregoriano. Esperamos que nesse mês os artistas produzam mais projetos e realizem seus eventos.
De volta
Piratas da Batucada retorna para o ginásio do Santa Inês, Orla de Macapá. O local será reformado e entregue à comunidade do ‘Piratão’. Ensaios e outros eventos serão realizados naquela quadra.
Horário
Desfile das escolas de samba do Amapá tem novo horário de início em 2025, às 21h. Antes iniciava, às 22h, e com os atrasos as últimas escolas eram prejudicadas. Boa iniciativa.
Zé Miguel
É um cantor e compositor amapaense com vários discos gravados, mas sua marca foi o projeto “Vida Boa”, o primeiro do artista.
Val Milhomem
Cantor e compositor amapaense, também com vários discos gravados, nascido no “Formigueiro”, atrás da igreja de São José (Centro).
Seu primeiro disco gravado foi “Formigueiro”, em homenagem ao lugar onde nasceu.
Amadeu Cavalcante
A melhor voz que o Amapá já produziu para cantar a nossa gente. É o melhor intérprete tucuju, também com inúmeros discos gravados.
Seu primeiro projeto musical gravado, foi o disco “Sentinela Nortente” (1989).
Osmar Júnior
Conhecido como o poetinha da Amazônia. Cantor e compositor amapaense, também com vários discos gravados.
Seu primeiro projeto musical foi o disco “Revoada”.
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