Ministro interino do GSI diz que Lula determinou acelerar a renovação dos integrantes do órgão
Cappelli deu a declaração em conversa com jornalistas após uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O ministro interino do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, afirmou nesta segunda-feira (24) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) determinou que o processo de renovação dos servidores do órgão seja acelerado.
“Há uma determinação do presidente da República para que a gente acelere a renovação dos quadros funcionais”, disse.
Cappelli deu a declaração em conversa com jornalistas após uma reunião com o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
O interino foi nomeado na última quarta (19) para substituir o então chefe do GSI, Gonçalves Dias, que pediu demissão após a divulgação de um vídeo em que ele aparece circulando entre extremistas que invadiram o Palácio do Planalto.
Outros funcionários do GSI aparecem em meio aos invasores, conversando. Um deles oferece água para os extremistas. Há também momentos em que agentes do GSI orientam os invasores a deixar o palácio.
O agora ex-chefe do GSI disse que estava no local para retirar os invasores de lá.
Segundo Cappelli, até o momento, cerca de 35% dos servidores que trabalhavam no GSI foram trocados. O ministro interino afirmou que o processo é natural e comum às trocas de governo.
O ministro disse ainda que Lula orientou a realização de um processo de apuração sobre as estruturas do GSI. A previsão é que o presidente receba um relatório sobre o tema na volta da viagem à Espanha.
O ministro da Justiça, Flávio Dino, já havia antecipado essa determinação. Desde a semana passada, Cappelli tem se reunido com ex-ministros da Defesa e comandantes das Forças Armadas para discutir o futuro do órgão.
“É um esforço claro de coletar dados e informações para que eu possa apresentar um raio x ao presidente Lula, quando ele voltar na próxima semana”, disse.
O ministro afirmou ainda que as informações técnicas servirão para uma avaliação sobre o formato e uma possível continuidade ou extinção do GSI.
Sindicância
Ainda na entrevista, Ricardo Cappelli disse que trabalha para antecipar o resultado de uma sindicância aberta na pasta para apurar a participação de servidores nas invasões às sedes dos Três Poderes.
O prazo final é 30 de maio. “Estamos trabalhando para antecipar”, disse.
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