Douglas Lima

Até quando?

O rapaz até ganhou um grande prêmio nacional, por causa do seu feito. Bravo! Que alegria! Que distinção para o Amapá! Mas, em que pese a importância da descoberta


Já publiquei na Revista Diário, e aqui neste espaço, a descoberta do amapaense estudante de farmácia da Unifap, Ícaro Sarquis. O jovem, apenas 22 anos, elaborou o larvicida até agora mais potente contra o Aedes Aegypti, mosquito cruel que transmite, entre outros males, o zika vírus, febre amarela e chikungunya. O composto foi inventado a partir de uma substância do óleo de sucupira, insolúvel na água. O rapaz até ganhou um grande prêmio nacional, por causa do seu feito. Bravo! Que alegria! Que distinção para o Amapá! Mas, em que pese a importância da descoberta, o larvicida continua retido no laboratório de farmácia, ainda em sua dosagem inicial. De lá não pode sair porque a Unifap não tem recursos para produzi-lo em escalas, e ninguém aparece para financiar esse bem para a humanidade. Até quando, não sei, mas continuo acreditando que logo a invenção passará a servir efetivamente no combate ao Aedes, e assim abrir uma guerra mais implacável contra esse mosquito.

 

Máquina governamental
A observação escrita a seguir não é minha, é de um amigo que pediu pra não ser identificado. Como eu a achei pertinente, publico-a: “O Estado brasileiro é um ser obeso, irresponsável, glutão, insaciável, perdulário e indisciplinado, que a cada dia fica mais voraz, porém seus fornecedores de alimento perderam a capacidade de provê-lo da forma que seu corpo exige, e isso está causando danos irreparáveis em sua saúde, afetando seu espírito, seus movimentos e seus órgãos vitais, dando sinais de diversas doenças que podem levá-lo ao óbito, mostrando-se premente o seu internamento imediato para submetê-lo a uma cirurgia bariátrica”.

 

Como envelhecer
“Como você está hoje, Mama?”, perguntei casualmente. Minha amiga de 84 anos, apontando para dores em suas articulações, sussurrou: “A velhice é difícil!” Depois, acrescentou com sinceridade: “Mas Deus tem sido bom para comigo”.

“Envelhecer foi a maior surpresa de minha vida”, diz Billy Graham em seu livro A caminho de casa. (Ed. Europa, 2011). “Sou um homem velho e, acreditem, não é fácil.” Todavia, Graham observa: “Embora a Bíblia não encubra os problemas que enfrentamos à medida que envelhecemos, ela também não pinta a velhice como um tempo a ser desprezado ou um fardo a ser suportado com os dentes cerrados.” A seguir, ele menciona algumas das perguntas com que foi forçado a lidar ao envelhecer, tais como: “Como podemos não só aprender a lidar com os medos, as lutas e as crescentes limitações que enfrentamos, mas também realmente nos fortalecermos interiormente em meio a essas dificuldades?”

Em Isaías 46, temos a garantia de Deus: “Até à vossa velhice, eu serei o mesmo e, ainda até às cãs, eu vos carregarei; já o tenho feito; levar-vos-ei, pois, carregar-vos-ei e vos salvarei” (v.4).
Não sabemos quantos anos viveremos nesta terra ou o que poderemos enfrentar ao envelhecermos. Mas uma coisa é certa: Deus cuidará de nós durante toda a nossa vida. Não tenha medo de envelhecer; Deus está com você! — acharles


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