Douglas Lima

Mal coletivo

Quanto mais se fala e se faz campanha contra as drogas, mais o uso de drogas se dissemina. E assim vai. Então vamos falar de amor, misericórdia e perdão, porque se isso fizermos, mais e mais pessoas terão essas virtudes.


Carl Gustav Young (foto), o criador da psicologia analítica, revela que quanto mais se fala de algo, esse algo impregna na consciência coletiva, e como que sem perceber todos estão praticando aquele algo. É o que ocorre no Brasil. Falo do Brasil, só pra localizar meu comentário, mas acontece no mundo inteiro. Nunca a mulher brasileira apanhou tanto como agora na era da Lei Maria da Penha. Nunca tivemos tantos menores de idade marginais como desde quando vigora o Estatuto da Criança e do Adolescente. Quanto mais se fala e se faz campanha contra as drogas, mais o uso de drogas se dissemina. E assim vai. Então vamos falar de amor, misericórdia e perdão, porque se isso fizermos, mais e mais pessoas terão essas virtudes.

 

Criminalidade

Saí de casa pouco depois das 6h. Na esquina peguei a companhia de uma vizinha na direção da parada de ônibus, três quarteirões adiante. Logo a vizinha falou que no bairro Ipê tinham liquidado um rapaz de forma cruel, com várias terçadadas, porque ele se negara a dar dinheiro pra beber aos quais imediatamente o mataram. Já na parada de ônibus ouvi uma mulher comentar que no início da noite anterior, próximo de sua casa, marginais, em arrastão, assaltaram várias pessoas. Subi no coletivo e uma mulher comentava pra outra que há instantes um homem lhe tomara o celular, na frente de muitas pessoas. Costumo ler, quando ando de ônibus. Lia ‘O que a Bíblia realmente ensina?’, das Testemunhas de Jeová. Justamente quando ouvi o relato do assalto por um telefone celular, lia este trecho: “A cada ano que passa, o mundo fica mais perigoso. Ele está cheio de exércitos agressivos, políticos desonestos, líderes religiosos hipócritas e criminosos endurecidos”. Depois vinha a justificativa de que tudo isso é porque o mundo está dominado pelo opositor de Deus, o Satanás. É verdade, a Bíblia diz isso, como também é verdade que nosso setor de segurança pública está muito melhor preparado em oratória que de aparelhamento para o combate à criminalidade.

 

A duradoura Palavra de Deus
No início da Segunda Guerra Mundial, bombardeios derrubaram boa parte de Varsóvia, na Polônia. Paredes, canos rompidos e cacos de vidro ficaram espalhados por toda a cidade. No centro, porém, a maior parte de um edifício danificado permanecia em pé. Era a sede polonesa da Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira. Em uma parede danificada ainda eram legíveis as palavras: “Passará o céu e a terra, porém as minhas palavras não passarão” (Mateus 24:35).

Jesus disse isso para encorajar Seus discípulos quando eles lhe perguntaram sobre a “…consumação do século” (v.3). Mas as Suas Palavras também nos encorajam em nossos conflitos atuais. De pé nos escombros dos nossos sonhos despedaçados, ainda podemos encontrar confiança no caráter, soberania e indestrutíveis Promessas de Deus.

O salmista escreveu: “Para sempre, ó Senhor, está firmada a tua Palavra no Céu” (Salmo 119:89). Isso é mais do que a Palavra do Senhor: é o Seu próprio caráter. É por isso que o salmista também pôde dizer: “A tua fidelidade estende-se de geração em geração…” (v.90).

Ao enfrentar experiências devastadoras, podemos defini-las em termos de desespero ou de Esperança. Porque Deus não nos abandonará às circunstâncias, podemos escolher confiantemente a Esperança. Sua Palavra duradoura nos assegura do Seu amor infalível. Podemos confiar na imutável Palavra de Deus. — Dennis Fisher


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