Douglas Lima

Militares? De novo?

“Se é a vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade da Ditadura Militar, pois muitos desses que lideram o fim da ditadura não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses”.


Eu fico refletindo, refletindo, mas não consigo encontrar uma saída para o Brasil em relação à esta crise que nos atormenta. Atormenta por ser uma crise eminentemente política, vindo lá de trás com repercussão noutros setores. A corrupção durante o governo petista minou a economia do país. Estragou os estados. Agora, o governo Temer se mostra incapaz de uma saída, frágil que é, também por causa da corrupção. Todo o Executivo está podre. Do Legislativo, nem se fala. O Poder Judiciário já mostra fraqueza. Estamos perdidos! Iguais a cegos em tiroteio. Não temos um líder sequer que gere confiança. Aí começo a dar razão ao presidente general Ernesto Geisel, que disse, em 1979: “Se é a vontade do povo brasileiro eu promoverei a Abertura Política no Brasil. Mas chegará um tempo que o povo sentirá saudade da Ditadura Militar, pois muitos desses que lideram o fim da ditadura não estão visando o bem do povo, mas sim seus próprios interesses”.

 

Aberto/semiaberto

Vivendo e aprendendo!
Eu, com minha ignorância, tinha claramente que prisão semiaberta era o condenado passar fora da cadeia durante o dia, trabalhando, e à noite ser recolhido.
Mas não é isso, não!
O deputado Paulo Lemos, que inclusive é professor universitário de disciplina referente à lei, afirma que no regime de prisão semiaberta o elemento tem direito de trabalhar de dia, sim, mas saindo do xadrez só para os limites internos da própria penitenciária.
E que o sistema que leva o detento para fora da prisão, com retorno à noite, é o aberto.
Então, tá.

 

Roubalheira e irresponsabilidade

Em entrevista, ontem, 12, o governador Waldez Góes manifestou o interesse de sua administração assumir a construção da ponte sobre o rio Jari.
Waldez faz bem em pensar assim. Aquela obra é de suma importância para o futuro do Amapá, pois historicamente o estado deixaria de ficar, por terra, isolado do resto do país. Sem contar que a ponte complementaria a malha de escoamento que ontem mesmo recebeu uma substancial aliada, a ponte do rio Matapi.
Tomara que esse processo de transferência de responsabilidade venha a ocorrer, uma vez que este governo de Waldez Góes vem demonstrando grande grau de transparência em suas ações.
Que o governo do estado venha a construir a obra no rio Jari, mas também que os gestores do município de Laranjal do Jari, que estiveram responsáveis pela construção da ponte mista de concreto e aço, paguem pelos desvios de dinheiro que fizeram.
Ora, consta que em nome dessa obra de engenharia já se  consumiu em torno de R$ 20 milhões, mas até agora só foram levantados seis conjuntos de três pilastras, cada um. E para onde foi tanto dinheiro?

 

As leis e as dificuldades

Só no Brasil, mesmo!
A nossa Constituição tem 250 artigos, e já foi emendada talvez mais de uma centena de vezes!
Esses números gigantescos, em se tratando de ordenamento legal, dão o tom do quanto há subterfúgios, filigranas e escapes para se enquadrar alguém nos ditames da lei.
Agora, no fim de semana, aprendi mais uma fórmula de burlar o burlável: uma tal de Recomendação que o advogado Maurício Pereira impetrou no STF contra a desembargadora Sueli Pini, para livrar apenados em processo originado na Operação Eclésia.


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