Douglas Lima

Quarto 12

No caso do professor Munhoz, aquele velhinho que toda santa noite passava pela frente do jornal para jantar no restaurante ‘Sarney’.


Escrevi muito sobre o professor Munhoz. Meu amigo. Pena termos nos aproximado um do outro há poucos anos, sem deliciarmos uma amizade longeva. Mas esse pouco tempo foi muito. Trocamos ideias, ele contando de suas viagens, mostrando fotografias como provas; eu, ouvindo e escrevendo. Munhoz morreu. Não fui em seus funerais. Não gosto de ver defuntos. Prefiro conduzir na cabeça a imagem do amigo vivo. No caso do professor Munhoz, aquele velhinho que toda santa noite passava pela frente do jornal para jantar no restaurante ‘Sarney’. E conversávamos. Com ele morto, ainda sobre a terra, escrevi acerca dos funerais até ao sepultamento. Dois dias depois, já com Munhoz embaixo da terra, tive uma noitada etílica. Cinco horas da manhã, eu ainda acordado… e bêbado. Não tinha como ir pra casa. Fui ao hotel Santo Antônio, onde pedi um quarto. Só o de número 12 estava vazio. Foi um sono tranquilo e reparador. Até às 11h. No dia seguinte contei a aventura ao também amigo Gibran Santana. E ele revelou: o quarto 12 do Santo Antônio foi onde Munhoz se hospedou por mais de 30 anos. E eu: Amém!

 

Invasão de área

Aconteceu nesta semana, na Justiça Federal, em Macapá, a 4ª audiência pública para tratar da área invadida há quatro anos no bairro Monte das Oliveiras, em Santana. A audiência contou com a participação do promotor de justiça Adilson Garcia, da Promotoria de Meio Ambiente, Habitação e Urbanismo; do juiz João Bosco Soares, da Justiça Federal; Daniel Ferreira, diretor do programa ‘Minha Casa, Minha Vida’, do Ministério das Cidades; representantes do município de Santana e lideranças comunitárias.

A Prefeitura de Santana solicita doação de aproximadamente 17 hectares de terras, que incluem áreas de preservação ambiental, pertencentes à União, para então realizar obras de saneamento e urbanização.

O promotor de justiça de meio ambiente, habitação e urbanismo, Adilson Garcia, destacou que acompanha o processo desde o início da ocupação e aguarda o resultado do requerimento formulado à Secretaria de Patrimônio da União, que definirá sobre a doação do terreno da União para o município, para iniciar as discussões sobre políticas públicas em nível municipal e posteriormente a reintegração.

 

Ele não quis entrar
Alguns teólogos dividem as transgressões em “pecados da carne e pecados do espírito”. Isso significa que alguns pecados têm sua origem em nossas paixões físicas; outros em nosso “coração” ou disposição. Na parábola do filho pródigo, a atitude do filho mais velho nos dá um exemplo da segunda questão.

Tendemos a caracterizar o filho pródigo como sendo pior do que o seu irmão. Mas vale a pena notar que ao término da história, ele é restaurado, perdoado e renova a sua alegria, enquanto o irmão mais velho permanece do lado de fora e nega-se a entrar.

Vemos no filho que permaneceu em casa mais do que um cenário de pano de fundo. Ele nos faz pensar no estado do nosso coração, pois o mau humor cria uma miséria incontável.
Descontentamento, inveja, amargura, ressentimento, atitudes defensivas, irritação e ingratidão são as inclinações que arruínam os nossos casamentos, prejudicam os nossos filhos, fazem nossos amigos se afastarem de nós e tornam a vida amargurada.

É fácil defender nosso mau humor e mergulhar em decepção e hipocrisia. Mas precisamos vigiar os nossos corações contra tais atitudes destrutivas. Quando surgirem, precisamos confessar, abandoná-las e experimentar o perdão de Deus.

Não deixe que sua má atitude o deixe do lado de fora e que apenas os outros se alegrem e queiram entrar. O contentamento virá ao olharmos para Deus.
— David H. Roper


Deixe seu comentário


Publicidade