Polícia

Mulheres que conseguiram R$ 100 mil com golpes são presas em Mato Grosso

Um das vítimas é de Macapá e estava com a mãe hospitalizada quando foi enganada pelo grupo


 

Elen Costa
Da Redação

 

Com a finalidade de localizar e cumprir dois mandados de prisão preventiva em desfavor de pessoas investigadas por crime de fraude eletrônica na cidade de Cuiabá, no Mato Grosso, a Delegacia de Repressão à Fraude Eletrônica (DRFE), com apoio da Polinter e  da Polícia Judiciária Civil mato-grossense, deflagrou nesta quinta-feira, 5, a Operação Hígi.

 

A ação, que segue a estratégia de impor riscos e consequências a criminosos que atuam em meio digital, independente da unidade federativa em que estão  situados, contou com compartilhamento de informações por parte das polícias civis do Rio Grande do Sul, São Paulo e Bahia.

 

 

De acordo com informações, a operação decorre de investigação que teve início neste ano, após registro de uma ocorrência por parte da vítima.

 

“Ela relatou que estava acompanhando sua mãe internada em um hospital particular desta capital, e que estava na iminência de ser submetida a procedimento cirúrgico, quando teria recebido um contato telefônico de uma pessoa que se identificou como médico intensivista daquela instituição”, detalhou o delegado Anderson Silwan, da DRFE, complementando que, naquela ocasião, o suposto médico teria detalhado o nome completo da paciente, data de entrada no hospital, além de todo o quadro clínico dela.

 

“Ele teria dito que não haveria a necessidade de cirurgia, mas alertou a vítima de que sua mãe precisaria realizar alguns exames e tomar medicamentos que o hospital não tinha disponível, e que, por tal motivo, deveria ser realizado o pagamento da quantia aproximada de R$ 4 mil via PIX”, acrescentou a autoridade.

 

Ainda de acordo com relatos da mulher, pelo fato de estar muito aflita pela situação delicada de saúde de sua genitora e por ter sido descrito com precisão o quadro clínico e outros dados dela, não desconfiou de nada e acabou transferindo o valor, fora conforme orientada.

 

 

Porém, logo após o pagamento a vítima teria recebido um novo pedido de dinheiro, momento em que teria sido alertada por funcionários do hospital que perceberam o que estava ocorrendo.

 

“Essas pessoas avisaram a mesma que a referida unidade de saúde não adotava nenhum procedimento de cobrança de valores por meio de whatsapp e nem havia ali qualquer pessoa com o nome informado pelo suposto médico e, no momento, percebeu ter caído em um golpe”, explicou Silwan.

 

Durante a investigação, que ainda está em andamento, a polícia confirmou a atuação direta, na prática delituosa, das duas investigadas que foram presas na data de hoje na capital de Mato Grosso, além de pelo menos outras duas pessoas.

 

“Todos estão integrados em um esquema de aplicação de golpes de âmbito nacional. Verificamos também que esse grupo já havia feito vítimas nos estados do Rio Grande do Sul, São Paulo, Goiás, Bahia, Sergipe e Piauí, com prejuízo total superior a R$100 mil”, concluiu o delegado.

 

As presas serão indiciadas pelos crimes de fraude eletrônica, associação criminosa e lavagem de dinheiro, podendo receber condenação de até 21 anos de reclusão, cada uma.

 


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